COMUNICANDO O QUE IMPORTA - Comunicação enquanto habilidade (parte 1). Por Mariah Guedes.

Na coluna do mês passado, falei um pouco sobre o quão importante é voltarmos ao básico na comunicação. No texto de hoje, quero retomar essa noção para abordar habilidades que impactam nesse processo comunicativo que permite nos conectar e nos projetar para o futuro.

Desde o meu primeiro texto aqui no portal do Observatório da Comunicação Institucional, tenho tratado de algo “comum”. Seja ao destacar a relevância do aspecto social do ESG, seja ao trazer uma perspectiva mais particular sobre a nossa área de atuação, um ponto sempre se repete: precisamos falar sobre pessoas. Em vários artigos, aliás (como em abril/2022), eu trouxe como protagonista o componente humano das relações e as imbricações sociais desses contatos.

Ainda assim, não é fácil falar de gente (ou com… ou para – com o perdão da Língua Portuguesa, que não aprecia preposições sendo usadas desta forma). Para isso, precisamos desenvolver as ditas skills: habilidades que, de maneira bastante simplificada, nos tornam capazes e competentes de desempenhar determinadas funções. Algumas dessas aptidões são técnicas: chamadas de hard [“árduas, difíceis”], estão relacionadas à nossa formação acadêmica, experiência profissional e certificação (sendo atestadas por meio de diplomas, por exemplo); as outras são comportamentais: chamadas de soft [“leves, suaves”], ligadas ao nosso preparo interpessoal e socioemocional (sendo mais intangíveis e mais subjetivas).

A tradução, no entanto, não faz jus ao peso que as soft skills possuem. Essa limitação, também observada no sentido em inglês do termo, tem sido percebida por pesquisadores como integrantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla original) – uma das principais universidades do mundo – que propõe human skills para o mesmo conceito. Afinal, já somos humanos, mas ainda precisamos ser mais hábeis nisso.

É nesse grupo que entra a Comunicação Eficaz. Em qualquer lista de soft (ou human) skills, ela está lá, como uma das principais habilidades que precisamos ter em um futuro cada vez mais próximo. O que vocês acham disso? O que entendem pelo termo? Quero ler o que vocês têm a dizer (aguardo comentários!). E vejo vocês novamente em 21/09, para a parte 2.

Mariah Guedes é uma publicitária macaense, mestra em Comunicação & Cultura, instrutora de Marketing, especialista em Big Data e estudante eterna. Acompanhe essa trajetória em https://br.linkedin.com/in/mariahguedes.