2022 está sendo muito importante para mim no campo profissional: estou completando 15 anos de quando tive a carteira de trabalho assinada pela primeira vez, como assistente na área de Mídia. Até aquele momento, eu só tinha tido oportunidades pontuais (em eventos ou como bolsista acadêmica, por exemplo) e ser contratada por uma empresa iniciou oficialmente a minha carreira corporativa.
Naquele meu primeiro emprego formal, atuei em uma função extremamente relevante: a de tráfego publicitário – gerindo a carteira de projetos da agência, recebendo demandas, distribuindo-as conforme ordem de prioridade e sendo responsável pelo fluxo de jobs junto às equipes de Atendimento (que lidava diretamente com clientes) e Design (que produzia as peças). Esse tipo de experiência fez com que eu desenvolvesse habilidades e competências de organização, negociação e visão estratégica que me acompanham atualmente. À época, no entanto, eu era apenas uma universitária que cursava o 5o. período de Publicidade & Propaganda e estava começando a colocar em prática cerca de dois anos e meio de teoria aprendida na graduação.
Na ocasião, fui mentorada por uma pessoa muito capacitada e bastante atenciosa, tive colegas participativos, chefes com quem conseguia dialogar e pude me “testar”, transitando pelos setores da daquela micro agência (estrutura típica de cidade do interior) e conhecendo diversas atividades que eu passaria a realizar nos anos seguintes, já em outros empregos. Ainda tive a satisfação de trabalhar lado a lado da minha então melhor amiga pessoal (in memoriam), admitida uns meses antes de mim e que me apresentou àquele local que se tornou minha “estreia” celetista.
Mas, afinal, por que estou escrevendo sobre tudo isso? Bem, primeiramente, porque comunicar o que importa também significa reconhecer a relevância de cada etapa da nossa história no desenvolvimento de quem nós nos tornamos enquanto profissionais. São instantes que nem sempre identificamos como expressivos ou substanciais quando ocorrem, mas que, quando conectados, escrevem a linha que sustenta a nossa trajetória. Representam os passos que nos movem, que nos retiram do lugar e que nos projetam para o “futuro” – até que, uma década e meia depois, ele se apresenta.
E, por conseguinte, porque sempre que eu me comprometo a tratar de um tema (como nessa coluna) e/ou a ensinar algo (como nas minhas aulas), meu primeiro pensamento é sobre como eu aprendi aquilo – e como posso demonstrá-lo. Por ser comunicadora e instrutora, preciso refletir sobre as melhores maneiras de fazer com que outras pessoas me compreendam, transformando dados em informação e, consequentemente, em conhecimento que possa ser disseminado. Para isso, precisamos retornar às nossas origens. Estou, portanto, de volta ao básico.
Aguardo vocês por aqui para darmos continuidade em 17/08. Obrigada pela companhia e até lá.
–
Mariah Guedes é uma publicitária macaense, mestra em Comunicação & Cultura, instrutora de Marketing, especialista em Big Data e estudante eterna. Acompanhe essa trajetória em https://br.linkedin.com/in/mariahguedes.