Em março, falamos bastante sobre marcas e publicidade em datas comemorativas, com ênfase na função mercadológica da comunicação: aquela que é feita para vender (um produto, um serviço e até uma ideia). Já na coluna desta quarta-feira, quero chamar a atenção para o aspecto dialógico do processo comunicacional – de pessoas para pessoas, independentemente dos canais.
Tenho me aprofundado nos conceitos que surgem com a sigla “ESG”, que tratamos em textos anteriores (como este, de janeiro). Enquanto algumas corporações focam no item ambiental e outras na governança, não consigo me desvencilhar do social. Minha experiência recente no terceiro setor tem motivado essas reflexões sobre impactos e, em qualquer cenário, o componente humano não pode ser desconsiderado. É ele que manifesta preocupações com todos os outros.
Penso, por exemplo, na relevância da comunicação pública e na comunicação de interesse público em momentos de disseminação de fake news contra nossos processos eleitorais – ainda mais em ano de pleito presidencial. No quanto é necessário defender uma comunicação que sirva para conciliar, informar, interceder, mediar e mobilizar. Essa sensibilização é fundamental em uma democracia, porque precisamos dar vozes a agentes diversos e permitir uma potencialização de falas das comunidades, das populações, das coletividades – de gente.
Também me vejo analisando como a comunicação pode aproximar teoria e prática, servindo para formar participações e gerar cidadania. Vamos acompanhando as pessoas sendo envolvidas em laços, em redes de conexões. É uma comunicação de raízes: se estabelecem fincadas na terra, mas também brotam. E é com essa percepção sobre os nós comunicativos que deixo vocês hoje. Espero que tenham gostado da leitura. Aguardo vocês por aqui em 18/05.
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Mariah Guedes é publicitária, mestra em Comunicação & Cultura, leitora ávida, canhota, macaense, queer e atua como comunicadora social no Terceiro Setor. Acompanhe sua trajetória em https://br.linkedin.com/in/mariahguedes.