Altos salários corrompem. Altíssimos salários corrompem absolutamente. Por Manoel Marcondes Neto.

Deu na Forbes (30/06/2022), na matéria de Vitória Fernandes:

Santander (SANB11), Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) são as três empresas que pagaram as maiores remunerações a seus executivos em 2021, de acordo com os dados fornecidos pelas empresas nos formulários de referência, depositados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e compilados pelo especialista em governança corporativa Renato Chaves.

No caso do Santander, que ficou no 1o. lugar do ranking, o valor mais alto foi de R$ 59,0 milhões, um crescimento de 26% em comparação a 2020. Já a Vale desembolsou R$ 55,1 milhões a seu executivo mais bem pago ao longo de 2021, enquanto o Itaú pagou R$ 52,9 milhões.

Leia a íntegra.

Quem resiste à proposta de circular por aí com um crachá ostentando seu ganho anual?

Pois bem, ESG é mais uma modinha criada por “ungidos” – de fora para dentro. Políticos e CEOs, do alto de seus salários – querem impor a cantilena à sociedade e às empresas. Mas:

– enquanto o sentido deste ‘diálogo’ não se alternar, ou seja, vier como um reclamo – de dentro para fora da sociedade, das organizações;

– enquanto a cidadania e os próprios funcionários das empresas e órgãos públicos não ansiarem, eles, por transparência ativa, conduta ética, accountability e decisões colegiadas;

De nada adiantará insistir no trinômio ESG 24 horas por dia – um mantra incompleto e um conceito insuficiente – como vimos aqui demonstrando em (1) e (2). Apesar de, como bem demonstra a matéria clipada acima, muita gente estar ‘comprada’ e ‘vendida’ – na linguagem neutra do mercado de capitais – para empurrar a agenda do WEF (Forum Econômico Mundial).

Comunicação Funcional = Confiança Pública

Por ora, desconfie de transparência dada de graça… Pois o que temos hoje é, no máximo, uma transparência passiva, ou seja, aquela em que o ônus da busca por informações está colocada nas costas de quem as demanda.

O ‘Sistema 5R-INDEX‘ – que propõe uma transparência ativa, aquela em que as informações estão disponíveis independente de serem requisitadas, traz à ‘Governança Corporativa’ sete componentes essenciais, superando qualitativamente o limitado e resumido mantra ESG.