Um lembrete sobre a ação das marcas em tempos difíceis. Por Mariah Guedes.

A coluna de hoje é uma nota. Um lembrete de como as marcas podem agir de forma mais efetiva contra a desinformação – especialmente em tempos de crises, como uma guerra.

Durante o primeiro ano da pandemia, empresas de diferentes setores (alimentação e bebidas, beleza e cuidados pessoais, finanças, vestuários e outros – além, claro, do segmento de saúde) se destacaram no combate à Covid-19. No mundo todo, estas atuações empresariais se deram por mudanças em seus modelos de negócios (afetados diretamente pela aceleração gerada pela transformação digital), e resultaram também em doações de produtos sanitários para a distribuição de instituições. Além disso, foi necessário aprender sobre o que estava acontecendo, mostrar para consumidores e lidar com a circulação de notícias (e boatos).

Uma das iniciativas das marcas que teve mais impacto neste período foi a publicação de orientações sobre a transmissão do novo coronavírus (e maneiras de diminuí-la), por meio da utilização do alcance de perfis de grande visibilidade nas redes sociais para auxiliar na formação de conhecimento. Assumir este papel é um compromisso público e demonstra o espaço que há na sociedade para empresas serem porta-vozes de temas significativos (e, talvez, obterem ganhos de imagem e reputação com suas atividades).

Em um cenário ideal, essa geração de valor é dupla: se reverte tanto em ações benéficas para a população quanto em lucro para a companhia. Porém, o mais importante é uma declaração de integridade das corporações: marcas que buscam autenticidade também devem se comprometer com a disseminação de informações verídicas, utilizando dados reais e contribuindo para o debate de causas de relevância social. No momento, combater a desinformação é a principal delas.

Mariah Guedes é mestra em Comunicação & Cultura, leitora ávida, canhota, macaense e queer. Acompanhe sua trajetória acadêmico-profissional em https://br.linkedin.com/in/mariahguedes.