FILHOS DA PAUTA - A contemporaneidade tecnológica no jornalismo. Por Rafael Gmeiner.

Não há como fugir da atual realidade em que as matérias também são pautadas por hashtags, copywriting e engajamento em redes sociais.

O jornalismo, como tenho dito aqui, ainda possui como principais ferramentas a mente e as mãos – que ainda precisam ser muito utilizadas.

Contudo, o inevitável avanço tecnológico tem aperfeiçoado estes essenciais instrumentos jornalísticos.

Antigamente usavam-se máquinas de escrever. Hoje usamos computadores – que já foram grandes e impossíveis de carregar. Em tempos passados, a busca da informação precisa dava-se pelo contato direto com as fontes por telefone. E isso, talvez, a meu ver, é o que oferecia total credibilidade aos veículos.

Entretanto, a atual facilidade na busca de informações, bastando estar com um telefone na mão (com bom sinal de internet), trouxe mais agilidade ao jornalismo, bem como maior probabilidade de erros.

Junto a isso, chegaram mais termos técnicos e estrangeirismos. Entre eles, muitos são mais simples do que parecem, porém, ainda desconhecidos por muitos profissionais, os quais lutam para manter nosso ofício como na época das máquinas de escrever, o que, em parte, é compreensível.

Mas… é irremediável fugir da tecnologia. O jornalista que pretende manter, no seu dia a dia, o modus operandi jornalístico dos tempos áureos de outrora certamente ficará para trás e no passado.

Entre os novos termos, quero destacar dois, que julgo como fundamentais para todo jornalista, hoje: hashtag e copywriting. Eles apenas parecem ser bichos de sete-cabeças, mas são simples, tanto em suas definições, como em sua execução.

As hashtags (termos nas redes sociais precedidos por #) são capitais em postagens nas redes sociais, principalmente em plataformas como Instagram e LinkedIn. São elas que auxiliam os usuários a achar os conteúdos publicados.

Já o copywriting, ou apenas copy, é, basicamente, escrever um conteúdo utilizando palavras e gatilhos que despertem o interesse pela leitura, ou que levem o leitor ao CTA (call to action), onde ele realiza determinada ação.

Evidentemente, a nova “teoria” é bem tranquila, mas a prática requer um pouco mais de trabalho do que habitual. Entretanto, se o jornalista usar as suas duas ferramentas indispensáveis, a mão e a mente, a operacionalização do processo será bem sucedida e, com sorte, terá retorno.

Rafael Gmeiner é jornalista especializado em assessoria de imprensa e produção de conteúdo. CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias, tem mais de 20 anos de experiência em Jornalismo e Comunicação, e mais de 15 anos em assessoria de imprensa. Conta, também, com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. E, ainda, acumula 10 anos de experiência com jornalismo no setor de franquias.