É inegável que, há anos, a tecnologia veio para ficar e facilitar o nosso dia a dia, seja na vida pessoal, seja na profissional. E, ainda mais evidente, não podemos querer fugir das ferramentas tecnológicas que temos, e que ainda teremos. Mais do que isso, o cerne da questão é como utilizar tantas ferramentas a nosso favor para que, assim, tenhamos mais efetividade profissional. E, aqui, trato especificamente sobre o exercício do jornalismo.
As funções de um jornalista
Kelysson, em “As funções de um jornalista”, esclarece que “a primeira função de um jornalista é transformar informação em notícia, o que implica organizar o grande volume de dados por meio de diversos processos: classificar, priorizar, hierarquizar, incluir, excluir, adaptar, expor etc.” (Kelysson, Fernando. 2010).
Basicamente, é isso o que fazemos. A notícia que desenvolvemos passa por este processo de construção, afinal, primeiro coletamos dados, separamos, avaliamos e verificamos os fatos para, depois, iniciar o uso das informações obtidas.
Anos atrás, este trabalho de mineração e análise de dados, sempre essencial ao ofício do jornalista, era feito à mão. Hoje, com tantas opções tecnológicas para ajudar neste processo, temos mais facilidade, tanto para minerar, como para analisar cada informação obtida.
Empresas como Google e Microsoft oferecem, gratuitamente, ferramentas como o Google Data Studio e o Power BI, respectivamente, para a coleta de dados dos mais diversos tipos, oferecendo grande suporte aos jornalistas no momento da produção de qualquer pauta.
Ossos do ofício
O grande pilar do jornalismo sempre foi, e sempre será, informar sobre qualquer tema, da forma mais adequada possível e, para isso, precisamos empregar as ferramentas mais utilizadas pelos jornalistas desde os primórdios: a mente e as mãos.
A tecnologia veio para ajudar neste processo, mas, o pensar sobre o que falar e como obter os dados necessários para escrever é um dos principais elementos do bom jornalismo. Mesmo com os adventos tecnológicos, a caneta e o bloquinho de anotações, ou um caderno, ainda são os principais aliados dos jornalistas. E não podemos esquecer disso!
Temos diversas formas para coletar dados, seja computador, smartphone, tablet, e as mais diversas ferramentas de software – pagas e gratuitas – que nos ajudam a trabalhar cada mínimo detalhe das informações. Mas, analisar os dados e verificá-los, mesmo com a ajuda de programas é, ainda, sim, um trabalho intelectual e fisicamente árduo… mas compensatório.
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Rafael Gmeiner é jornalista especializado em assessoria de imprensa e produção de conteúdo. CEO da Agência VitalCom e do site Mundo das Franquias, tem mais de 20 anos de experiência em Jornalismo e Comunicação, e mais de 15 anos em assessoria de imprensa. Conta, também, com passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. E, ainda, acumula 10 anos de experiência com jornalismo no setor de franquias.
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“Filhos da Pauta é um trocadilho que gosto de utilizar já que, nós jornalistas, somos realmente dependentes das pautas que nos guiam. Tudo o que produzimos – numa Redação ou numa Corporação – começa com uma pauta bem produzida. Depois, vêm a correta mineração de dados e sua análise – para a construção da boa informação”.