A pandemia em que vivemos atualmente é democrática, não respeita fronteiras e não tem preconceitos, pode atingir qualquer pessoa que esteja vivendo em comunidade, que precise trabalhar e se relacionar em seu meio social.
Muito bem, analisando sob os aspectos do universo corporativo, percebemos que cada empresa está tomando as iniciativas que melhor se adaptam a sua realidade, seja parar parcialmente as atividades, ou mesmo, adotar equipamentos de proteção individual nunca imaginados antes, ou mandar todos para casa em formato home-office, entre outras alternativas mais ou menos criativas.
De qualquer forma, o relacionamento com os stakeholders continua, com ou sem a gestão planejada deste importante aspecto da comunicação organizacional. Em recente pesquisa, publicada no fim de abril (logo deve sair outra mais atual), o Instituto de Pesquisa & Data Analiytics Croma Insights mostra o ranking das 20 marcas mais lembradas positivamente pelos brasileiros durante a pandemia da Covid-19.
Em primeiro lugar, Ambev, que usou a sua matéria prima, o etanol, para produzir 1,2 milhões de unidades de álcool em gel, que foram distribuídas em hospitais públicos.
O banco Itaú também foi um dos mais lembrados pelas propagandas e ações que tem feito para apoiar os pequenos empresários, seguido pelo Magazine Luíza, pelas iniciativas com autônomos e doações de respiradores para hospitais.
A famosa presidente das lojas, Luiza Helena Trajano, também faz parte de um movimento criado por empresários chamado ‘Não Demita’, pedindo o comprometimento de colegas para manterem os empregos durante a pandemia.
O que essas 20 empresas que aparecem em destaque na pesquisa têm em comum não é somente a estabilidade financeira, mas o relacionamento assertivo com seus funcionários, com seus fornecedores, com a comunidade em que estão inseridas. Poderiam usar 100% da verba para marketing em propaganda em diferentes canais ou, talvez, como algumas delas fizeram, usar parte da verba em doações e a outra parte para divulgar o que está sendo feito. É importante agir e se posicionar, a sociedade precisa saber o esforço que está sendo feito, isso faz parte da responsabilidade social destes empresários.
Todos os dias o Jornal Nacional e, outros tantos veículos de comunicação, estão abrindo espaço para divulgarem as ações de empresas que contribuem com os menos favorecidos, nestes tempos tão sombrios de desemprego em massa e medo. O bom relacionamento, a comunicação transparente, a divulgação dos planos de curto, médio e longo prazo nunca foram tão valorizados. Nem sempre o bom relacionamento trará boas notícias, mas fortalece os laços de confiança necessários para seguir em frente.
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Deborah Sousa, jornalista formada, cursando MBA de Gestão da Comunicação Organizacional.