Planejando as ações de Educação Corporativa Continuada. Por Letícia Araújo.

As ações de Educação Corporativa Continuada devem, com toda certeza, fazer parte do planejamento estratégico dos negócios. Já sabemos que investir em capacitações e treinamentos melhora não apenas a performance do colaborador de maneira isolada, mas impacta em todo o sistema organizacional, na satisfação do indivíduo e no ambiente, na comunicação interna e, claro, nos resultados da empresa.

Apesar dessa clareza e de parecer óbvio, muitos empresários e gestores deixam de lado esse importante aspecto no momento de definir as diretrizes para o próximo ciclo que se inicia, esquecendo-se que as pessoas são o recurso-chave do negócio e que, sem que elas estejam muito bem preparadas para executar tudo aquilo que está se propondo no planejamento, nada irá de fato se concretizar ou os objetivos traçados não serão totalmente alcançados.

Por vezes, uma outra questão surge: qual setor da empresa é o detentor do planejamento com foco em educação corporativa? A gestão de pessoas? A comunicação organizacional? Os gestores setoriais? A resposta para esta questão é simples, mas a sua execução nem tanto!

Assim como o planejamento estratégico é feito envolvendo todas áreas do negócio, da mesma forma deve acontecer com a educação dos colaboradores. É preciso construir um plano único, com base nas diretrizes estipuladas para o novo ciclo, além das necessidades de treinamento interno já identificadas, como gaps de conhecimento de cada setor, levando em conta, ainda, os valores e a cultura da empresa.

Por isso, a sugestão para os gestores que estão em processo de planejamento e compreendem a importância de incluir de forma sistematizada a educação corporativa, é fazê-la após a definição dos objetivos para o próximo ano.

Com isso, deve-se selecionar cada um dos objetivos traçados e definir, com base neles, quais os conhecimentos necessários para que os colaboradores possam performar com eficiência, eficácia, qualidade e com menor índice de erros ou refações possível. Além disso, definir quais conhecimentos contribuirão com o crescimento profissional e pessoal destas pessoas, percebendo suas necessidades intrínsecas, como capacitações em finanças pessoais e gestão de tempo. Estas demandas, aliadas às necessidades de treinamentos já levantadas, devem ser estruturadas em um plano educacional, com trilhas e objetivos de aprendizagem muito bem definidos.

A organização pode encontrar os recursos educacionais internamente ou perceber a necessidade de buscar uma solução no mercado. Utilizando-se de recurso interno ou de uma empresa de educação corporativa, este orçamento deve integrar o rol de investimentos do próximo ciclo, já com indicadores de ROI esperados sobre os treinamentos.

É importante ressaltar que as organizações também devem identificar as necessidades de formação para seus líderes e para aqueles que estarão sendo preparados para assumir cargos de liderança nos próximos anos. Investir no desenvolvimento das pessoas que ocupam posições estratégicas é também investir no crescimento do negócio.

Com esta visão da educação corporativa continuada totalmente inserida no planejamento estratégico organizacional, a empresa colherá bons frutos em um horizonte muito próximo, inclusive podendo acelerar o alcance de resultados.

Imagem: Foto de fauxels no Pexels.

Letícia Araújo é empreendedora, mentora, consultora de Comunicação Corporativa, Marketing e Soluções Educacionais, professora de pós-graduação e formação tecnológica presencial e EaD, designer instrucional e apaixonada por comunicação, educação e tecnologia. Tem como propósito transformar pessoas por meio de uma educação empoderadora, comunicação eficaz e por soluções educacionais eficientes.