COMUNICAÇÃO ENQUANTO POSSIBILIDADES - Mais importante ainda é dar o segundo passo. Por Mariah Guedes.

Dizem que é muito difícil começar algo. Talvez seja por isso que digam também que o mais importante é dar o primeiro passo. Não discordo, mas penso que se manter firme na caminhada é tão significativo quanto. Assim, fico muito feliz em estarmos aqui para o nosso segundo compromisso. Obrigada pela companhia! Passou rápido, não?

Para o texto de hoje, eu tinha pensado em escrever sobre o motivo que me trouxe até o Observatório da Comunicação Institucional para produzir conteúdo. No entanto, a alta taxa de envolvimento de vocês em diversas redes sociais (nem eu me recordava que tinha tantos perfis!) fez com que eu deixasse para abordar minha relação com o O.C.I. depois – uma prévia da semana que vem. E a comunicação é sobre isso: a gente escreve, publica e, depois que essa informação circula, ela volta para nós de uma forma que não tínhamos como prever. Ou até tínhamos e, ainda assim, ela acaba por nos surpreender. Nesse contexto, todo retorno até aqui tem sido uma surpresa excelente. E esse inesperado está diretamente relacionado ao que mencionei na semana passada.

Terminei minha coluna inaugural afirmando que “sou uma defensora da comunicação enquanto aquilo que pode acontecer”. E, então, o que aconteceu? Tudo. Mensagens de apoio, incentivo, reconhecimento… Porque é desse modo que a comunicação une as pessoas – em sua raiz, a palavra traz justamente a “comunhão”. Ela desperta afinidade, receptividade e reciprocidade. Seja de um para um, de um para muitos, de muitos para muitos… e entre “nós” (com seus múltiplos significados). O que nos leva a lembrar que o ruído, o desentendimento e o ininteligível fazem parte da exceção em um processo comunicativo (recomendo que guardem essa “provocação” para quando estivermos em outubro…).

Falar do quanto a comunicação é agregadora se mostra extremamente necessário em fases difíceis como a que vivemos, principalmente pelo papel que ela tem nas nossas trocas. Uma comunicação enquanto possibilidades, servindo aproximações… Algo que nos deixa perto das outras pessoas, que constrói pontes e forma contatos, que permite o toque simbólico nesse momento tão desafiador. É como uma sincera arte, já que, por princípio, a comunicação tem um compromisso com a veracidade (por isso que devemos evitar chamar de “comunicadora” a pessoa que atua na disseminação de informações falsas). E cabe ressaltar que é isso que precisamos fazer ressoar: o fato de que a melhor comunicação que podemos oferecer é a autêntica. Que nos proporciona refletir e encontra eco nas outras pessoas – e isso serve para empresas, marcas e profissionais da área. Como eu pretendo gerar neste espaço.

Agradeço pela leitura desta coluna e, novamente, pelos comentários inspiradores desta última semana. Várias ideias surgiram. Vamos nos comunicando para colocar todas em prática… Conto com vocês. Até a próxima quarta-feira.

Mariah Guedes é mestra em Comunicação & Cultura, leitora ávida, canhota e macaense. Acompanhe sua trajetória acadêmico-profissional em https://br.linkedin.com/in/mariahguedes.