COMUNICAÇÃO CORPORATIVA DE QUALIDADE - Imagens utilizadas devem representar o público e respeitar sua diversidade.

Grande parte do sucesso da comunicação corporativa passa pela identificação do público-alvo com a mensagem. As imagens utilizadas em peças de comunicação, portanto, devem representar as pessoas a quem elas se destinam.

Nas campanhas de comunicação interna, existem dois caminhos a seguir: produzir fotografias dos próprios colaboradores ou utilizar bancos de imagens disponíveis na rede. Em ambos casos, é indispensável observar a representatividade e respeitar a diversidade.

Imagine, por exemplo, um hospital. Nele, trabalham médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde. Mas também há pessoal administrativo, de manutenção, higienização, cozinha, lavanderia, vigilância… Se todas as peças de comunicação, mesmo aquelas que se destinam a um público amplo – por exemplo, as de uma campanha que visa estimular a adesão geral a uma boa prática – caírem na solução fácil de usar imagens de médicos, uma parcela significa não se sentirá representada. Nem tocada pela mensagem. Ou seja: a comunicação vai falhar, não só nesta nesta ação específica, mas de forma global. As pessoas que nunca são representadas na comunicação oficial vão tendo um sentimento crescente de não pertencimento e falta de valorização, com impacto negativo em seu comprometimento e engajamento.

Essa mesma empresa, certamente, conta com colaboradores de variadas etnias, gêneros, faixas etárias e características. Recorrer sempre a imagens de pessoas brancas, jovens, heterossexuais, com rostos e corpos perfeitos e visuais ‘tradicionais’ não apenas compromete a eficácia das ações de comunicação pela falta de representatividade, mas também pode gerar uma desconfortável sensação de exclusão, o que não é aceitável do ponto de vista humano nem desejável do ponto de vista dos resultados organizacionais.

Mas não force a barra: se no mesmo hospital não existe nenhum médico indígena, não tem sentido escolher um para representar a imagem de um médico. Estamos tratando de coerência, respeito e justiça, não de hipocrisia.