Deu hoje no Meio & Mensagem, na matéria de Bárbara Sacchitiello:
Entenda as razões que levaram Coca-Cola, Unilever, Diageo e outros anunciantes globais a interromper a publicidade nas plataformas digitais nos EUA.
Imagem: Pressureua / iStock.
COMENTÁRIO
Com muito atraso – em minha opinião – a media mainstream descobriu a pólvora e, aí, correu para buscar seus fósforos…
No mundo inteiro, talvez como um ingrediente da receita explosiva chamada ‘eleições norte-americanas’, a guerra da informação mudou-se dos leads para os departamentos de vendas das empresas que comandam a tal da social media.
Era preciso, mas… veio tarde, e desacompanhada de regulação – a qual, pedida agora, parece censura, controle estatal, ditadura.
O imbroglio está formado e os filósofos e sociólogos careteiros de TV não sabem sobre o que estão debatendo. Também pudera; programas de 24 minutos (não se pode esquecer dos 6 minutos de break comercial a cada meia-hora de programa) de duração não permitem que se discuta um tema tão crucial, trazendo esclarecimento à audiência de meros mortais em busca de entretenimento noticioso.
No Brasil, onde acontece uma CPMI no Congresso Nacional, por exemplo, não sei afirmar quem sabe menos do que se trata o objeto da investigação; se os inquiridores ou os inquiridos.
Este O.C.I. tem acompanhado – há bastante tempo – o tema das fake news sob as rubricas (verifique) ‘mídia programática’, ‘publicidade programática’, ‘uso indevido de dados’, e propõe-se a participar de debates sérios e desapaixonados sobre o assunto.
Um problema adicional: misturar o problema fake news com o problema discurso de ódio é quase como tentar fundir água e óleo. Não dá. É preciso separar os temas. Os ingredientes das receitas são parecidos; farinha de trigo, ovos, leite; mas os produtos finais são tão diferentes como o são uma empada e um sonho.