Repúdio. Escândalo. Desesperança. Mudança.

Este Observatório da Comunicação Institucional soma sua voz ao coro que repudia a escandalosa morte de mais um brasileiro negro, João Alberto Silveira Freitas.

É necessário que as pessoas de bem não se calem e protestem veementemente contra o racismo, a violência, a banalização do mal e da morte.

O dia de hoje, feriado que nos traz a consciência negra, não podia ser mais tristemente vivido. A desesperança nos invade. Mas, no instante seguinte, uma demanda profunda e um clamor por mudança se instalam – e irmanamo-nos, em sentimento e disposição para a ação, à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, ecoando e endossando a sua manifestação:

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro vem a público manifestar seu repúdio pelo assassinato brutal de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, em um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre. Beto, como era chamado, foi espancado até a morte em uma clara demonstração de que a luta contra o racismo é urgente, necessária e imprescindível para que o país alcance o desejado avanço civilizatório. Enquanto Joãos, Ágathas, Marcos, Marias e tantos outros corpos negros continuarem sendo dizimados, enquanto não houver justiça e equidade, ainda estaremos longe desse objetivo.

A Defensoria Pública do Rio une a sua voz à do movimento negro e à de todos aqueles cujas vidas permanecem em risco por força dos mecanismos estruturais e institucionais que seguem perpetuando a violência racial. Aos familiares e amigos do João Alberto, nossa mais profunda solidariedade. E também o nosso compromisso de lutar contra as diversas dimensões do racismo e em prol de uma democracia que inclua todas as pessoas, afinal, este é nosso papel.