O coração não bate bem da cabeça. Inventa moda, faz algumas conexões duvidosas e arteiras. Pois, entenda que ele não tem filtro, se entrega, navega sem bússola. Viver nessa intensidade tem os seus encantos, mas muitos riscos também. Então, siga a sua cartilha e fundamente as próprias escolhas.
A vida ensina a mantermos ativa uma postura de alerta. O roteiro nem sempre seguirá o nosso desejo. Ocorrerão momentos em que teremos que mudar os papeis, alterar as falas, optar por um novo capítulo, reavaliar o fim.
O certo é que estamos sempre em movimento e, nesta batida, vai uma dica valiosa: onde não houver reciprocidade e maturidade emocional, não se demore – como já afirmou o escritor Alexandro Gruber.
Quando as razões para ficar não se sustentam, ficam rasas, é dado o sinal de alerta. A reciprocidade por si só é um aditivo potente para uma relação dar certo, seja no âmbito pessoal ou profissional. Como um remédio poderoso, causa um efeito imediato, dá um aconchego, pois a gente percebe quando é correspondido.
O leve, o sincero e o recíproco são imbatíveis, diria até que irresistíveis. Invista nisso, pois. De alguma forma, tudo volta. Como nem sempre recebemos na mesma proporção que damos, a chave pode virar em outro contexto, com novas pessoas. A retribuição de forma espontânea, por puro merecimento, que presenteia a pessoa que mora aí dentro, encontrará retorno.
As vitórias são temporárias, a gente sabe. Não estão ganhas permanentemente. Tudo precisa ser alimentado. Isso vale para tarefas e afetos! Os pequenos passos nos impulsionam a avançar. É a constância do movimento que nos ajuda, não a velocidade.
É claro, que existe o medo de ir, de seguir, de se transformar. De algum jeito vamos ser desafiados. A falta de reciprocidade poderá apontar as escolhas. Esteja preparado. Ser seletivo poupa energia, traz mais serenidade, pois aprendemos a separar o joio do trigo, aquilo que faz a energia expandir e o que nos desestabiliza.
Lembre-se, também, de reler a sua cartilha e sublinhar a importância de manter a reciprocidade para as coisas boas e a imunidade quanto a tudo que não tiver verdade. Siga vigilante!
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Neusa Medeiros é jornalista, com pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. Sócia-diretora da empresa Edição 3 – Comunicação Empresarial, com diversificada atuação na área. Atuou, por vários anos, como assessora de imprensa e professora universitária na Unisinos, e como colunista no Jornal VS, do Grupo Editorial Sinos, onde segue como colaboradora.