Sol, céu azul e água de coco: o paraíso é aqui! Quando a água acaba, percebo que tem “carne” dentro do coco. Antigamente, bastava pedir que o vendedor abria o coco com um facão, mas isso pode causar um grave acidente, tanto que foi proibido na praia. Assim, acabo trazendo o coco para casa, para tentar abri-lo: uma tarefa difícil para mim, um verdadeiro desafio. E o fato é que a maioria das pessoas descartam o coco sem consumir essa precisa película, tão cheia de nutrientes.
Fico impressionada como isso acontece um país pobre como o nosso, com tantas pessoas passando fome. Seria importante que designers de produto se debruçassem sobre essa oportunidade e criassem ferramentas eficientes (sofisticadas ou simples, de baixo custo ou mais elaboradas, manuais ou elétricas etc.) para a abertura dos cocos tão abundantes em nosso imenso país.
Enfim, fica a dica.
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Gisela Pinheiro Monteiro é professora de Desenho Industrial da Universidade Federal Fluminense. Doutora e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Design da ESDI/UERJ, na linha de pesquisa ‘História do Design Brasileiro’. É também graduada pela mesma instituição com habilitação em ‘Projeto de Produto e Programação Visual’. Possui formação técnica em Design Gráfico pelo Senai Artes Gráficas do Rio de Janeiro e experiência na prática do Design, tendo sido responsável por diversos projetos para empresas.