Estamos todos por um fio! É fato! Doloridos, machucados, com menos paciência, vivendo de lembranças, com sonhos adiados. Estamos mexidos.
Desabafar, mas não desabar, pode ser um mantra que nos permite seguir de pé mesmo quando o coração, aos pulos, já está do lado de fora do corpo, batendo descompassadamente.
Reconheço que as alegrias e as dores do coração são individuais, por isso devemos nos permitir desmoronar às vezes, para que possamos nos encontrar de novo. Viver exige enfrentamento, decisão, coragem, pois é um constante desatar nós.
Às vezes tudo que precisamos é de um novo começo e para isso nunca é tarde, embora nem sempre saibamos quando acionar o play.
Nestes casos entra em cena a sensibilidade, a empatia, pois a vida é curta para sofrermos com dores intermináveis.
Ouse ser feliz, até mesmo quando nada for favorável, pois momentos ideais podem ser raros e as alegrias merecem ser encontradas durante o processo. “Dada a brevidade da vida, a única urgência é que não seja em vão”, afirmou com sabedoria o teólogo Lucas Lujan.
Então, procure se cercar de gente positiva que, mesmo quando cai, levanta, e diz: – Lá vou eu de novo! Elas podem ser mais raras, mas existem. E quando encontrar, valorize e não esqueça de demonstrar, pois quem tem a alma leve faz bem, mesmo que não esteja perto.
Siga investindo em si, nas suas crenças, nos valores que diferenciam – e que nos conectam de forma única com cada pessoa. Já que os abraços estão sendo raros, as palavras possam acarinhar. Que em breve seja permitido demorar nos braços de quem amamos, reconhecendo, conforme afirma a escritora Luara Quaresma: “há abraços que não são para o corpo, são para a alma”.
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Neusa Medeiros é jornalista, com pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. Sócia-diretora da empresa Edição 3 – Comunicação Empresarial, com diversificada atuação na área. Atuou, por vários anos, como assessora de imprensa e professora universitária na Unisinos, e como colunista no Jornal VS, do Grupo Editorial Sinos, onde segue como colaboradora.