PESQUISA DE MERCADO - Como distribuir corretamente a classe social? Por Silvia Monteiro.

Em primeiro lugar: tenha bom senso!

Se seguirmos somente o Critério Brasil teremos representantes de ‘classe A’ que não condizem com a classe e o mesmo irá acontecer com a ‘classe C’.

Como assim?

Um caminhoneiro, por exemplo, com o advento das lojas que vendem tudo em várias vezes, poderá ter uma pontuação de ‘classe A’. Mas ele não representa uma ‘classe A’. Assim como um engenheiro que mora em um apart terá a pontuação de uma ‘classe C’, uma vez que tudo em sua casa não pertence a ele. Por isso, seja bem criterioso na hora de definir a classe social. Caso contrário teremos um grupo com classes misturadas e essa composição não irá trazer resultados relevantes para o cliente.

Além da pontuação, leve em conta outros critérios como bairro, profissão do convidado e das pessoas da casa, renda familiar, hábitos de mídia, locais que frequenta, hábitos de viagens, entre outros. Se cercando desses pequenos cuidados você não irá correr o risco de ter em um grupo de ‘classe A’, uma participante que seja representante de vendas, por exemplo, pois mesmo que ela possua a pontuação de ‘profissional liberal’, não terá a renda familiar, nível de escolaridade, profissão, bairro de moradia etc. para ser colocada nesse grupo. O Critério Brasil não pode ser determinante da classe, apenas um meio auxiliar.

Na próxima coluna: Como escolher bem um participante para um grupo?

Silvia Monteiro por ela mesma: jornalista com 30 anos de experiência em Pesquisa Qualitativa, especialista em Coordenação de Recrutamento. Com muitas histórias na bagagem para compartilhar aqui com vocês. Como boa jornalista, também amo escrever, então além de uma sólida carreira como pesquisadora, produzo conteúdo, seja para portais como o O.C.I., como para páginas em que faço também monitoramento e divulgação de imagem e produtos. Entendi que o Marketing Digital é o caminho natural do jornalismo tradicional.