Para além dos estereótipos: como promover a união geracional nas empresas.
Sempre há casos de conflitos internos nas organizações entre as diferentes crenças sobre trabalho entre as gerações, isso não é novidade, ainda mais depois da chegada da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) ao mercado de trabalho. Com a chegada da Inteligência Artificial, a geração Alpha (nascidos a partir de 2010) será a mais impactada pelas mudanças tecnológicas e as trarão para o mercado de trabalho, isso é inevitável.
O choque entre gerações tem a tendência de ser ainda maior com o aprimoramento das inteligências artificiais, pois os comandos, análises e pesquisas ficarão mais rápidos e eficientes nos próximos anos, o que gera a necessidade da atualização profissional constante para todas as gerações.
Baby boomers (nascidos entre 1947 e 1964) são pessoas que não confiam na tecnologia como a geração X e têm um pouco de dificuldade no assunto. Já a geração Y (dos nascidos entre 1963 e 1984) tem mais facilidade em se adaptar às novas tecnologias, apesar de ambas – X e Y – passarem grande parte de suas vidas profissionais se dedicando às tarefas no trabalho, estudando e buscando recompensas no setor profissional durante suas vidas (e há um grande alerta de psicólogos e psiquiatras sobre burnout e saúde mental justamente por esses motivos). Pessoas nascidas na era digital (geração Z) conseguem perceber a necessidade de separar a vida pessoal da profissional. Apesar da facilidade tecnológica em diversas áreas e como seu trabalho traz inovação, os índices de ansiedade e depressão aumentaram em 25% em 2020, prejudicando a saúde mental, de acordo com dados divulgados pela OMS – por conta do uso excessivo das plataformas e das consequências da pandemia. Nas áreas do Marketing e da Comunicação é importante levar em conta como os gatilhos mentais estão sendo utilizados na produção de conteúdo e quais as consequências disso para a saúde mental, o que vai de encontro aos avanços da inteligência artificial.
No ambiente corporativo, o trabalho em equipe é essencial, afinal de contas trabalhamos com pessoas para pessoas. Portanto, os conflitos vão existir por crenças geracionais diferentes, e o importante é buscar criar e manter a empatia e parceria entre as equipes, entendendo as limitações de cada pessoa. Assim a cooperação entre as gerações será melhor para o desenvolvimento das organizações e de seus colaboradores, buscando extrair o que há de mais produtivo e positivo para a execução de projetos. Todos ganham; juniores, plenos e seniores. Sem julgamento e com mais respeito, vamos conseguir passar por mais uma evolução na história humana, dessa vez a tecnológica.
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Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.