Audiolivro: a inovação do mercado literário.
Com o acesso fácil e crescente à internet e plataformas de áudio e vídeo, tornou-se comum desfrutar de música, séries e filmes em qualquer momento e lugar. Essa facilidade oferece aos consumidores a possibilidade de ouvir seu artista favorito durante a corrida ou continuar a assistir a série durante o trajeto para o trabalho.
Junto com a evolução dos smartphones, surgiram os tablets, que também ganharam popularidade entre o público devido às suas telas grandes e facilidade de transporte para qualquer lugar, muitas vezes substituindo o uso do computador.
Foi em 2009 que a primeira livraria digital, a Gato Sabido, iniciou suas operações no Brasil. Vendo isso como uma grande oportunidade, as gigantes – naquele momento -, Saraiva e Cultura, decidiram investir recursos e começaram suas operações para comercializar os e-books. Alguns anos depois, em 2012, as grandes empresas de tecnologia, Amazon, Apple e Google, também entraram no mercado de venda de livros digitais.
Após anos de investimentos, marketing e material de qualidade, os e-books se tornaram parte da rotina dos brasileiros, principalmente entre os adeptos da leitura. Na década de 2010, o formato audiolivro começou a ganhar popularidade no Brasil. Aos poucos, os brasileiros passaram a se permitir a essa nova modalidade de apreensão de conteúdo, e, desta forma, a presença e aceitação cresceram significativamente nos últimos anos. Empresas especializadas na produção e distribuição de audiolivros foram surgindo, bem como plataformas de streaming dedicadas a esse tipo de conteúdo.
A decisão de investir no mercado de áudio no Brasil veio com a ideia realista de que não se trata de um investimento de curto ou médio prazo mas, sim, de longo prazo. Apesar da consolidação do audiolivro na Europa, para muitos brasileiros o hábito de ouvir alguém narrando um livro ainda é novidade.
No entanto, com o crescimento avassalador dos podcasts devido ao formato flexível e variedade de conteúdo, os brasileiros vêm transformando a forma de consumir conteúdo em formato de áudio, assim transformando-se em uma alternativa auditiva à leitura tradicional.
O audiolivro surgiu como uma inovação no mercado literário, assim como os e-books e eReaders. De acordo com especialistas da área, houve um crescimento de 400% com previsão de expansão contínua e expectativas positivas. Um fator que impulsiona a tendência dos audiolivros é o fato de estarmos vivendo a era digital, com aplicativos, smartphones modernos e ferramentas tecnológicas que contribui de forma significativa para esse crescimento.
Um exemplo de aplicativo que oferece acesso aos audiolivros é o “12 minutos”, o qual resume os pontos mais importantes de livros de não-ficção em leituras rápidas, combinando áudio e texto. Para muitos, trata-se de uma ótima alternativa para ouvir durante o trânsito, saídas ao shopping e outros momentos. Recentemente, a Audible chegou ao Brasil como um lançamento da Amazon, proporcionando um serviço que narra livros completos para o usuário ou assinante por meio de dubladores, atores, especialistas em áudio, entre outros profissionais. Exemplos de livros como “Harry Potter e a Pedra Filosofal” ou “O Alquimista” de Paulo Coelho, entre as obras disponíveis na plataforma.
Em conclusão, o audiolivro emerge como valiosa alternativa para o mercado literário, especialmente para aqueles que desejam absorver o conteúdo de um livro, mas, devido à correria do dia a dia, estão com pouco tempo disponível. Adaptando-se facilmente a diversos momentos do dia a dia, como forma de otimizar o tempo, seja na caminhada diária, ao dirigir, enquanto realiza atividades domésticas, entre outras situações. Basta escolher o livro que deseja ouvir e dar play na narração, para desfrutar de uma experiência de leitura envolvente e conveniente.
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Nathália Meireles é especialista em Marketing Digital, com foco em conteúdo direcionado para as áreas de Transformação Digital, Inovação e Marketing. Graduada pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), cursa pós-graduação em Marketing Digital e Transformações Empresariais na Universidade Cruzeiro do Sul. Acredita que a escrita tem o propósito de estimular a geração de insights valiosos e contribuir para a sociedade. Além disso, é a mente por trás do blog Dig. Insights Hub, em que atua como criadora e escritora.