Gostaria que você imaginasse uma situação: uma empresa está com um processo seletivo aberto para trazer um profissional criativo e inovador que tenha bom desempenho e traga ótimos resultados. Essa pessoa consegue liderar uma equipe, elevar o lucro da companhia, reduzir custos e trabalhar em harmonia com sua própria liderança e seus liderados, conseguindo “manter os pratos equilibrados” e auxiliar a empresa a crescer.
Agora… eu gostaria de saber… como é a aparência física dessa pessoa que imaginou?
O padrão de profissionais que aparece na mente da maioria das pessoas nem sempre está correto, nessa situação.
Você chegou a imaginar um profissional em cadeira de rodas? Com TDAH? Autismo? Trans? Preto? Indígena? Com epilepsia? Homossexual? Bissexual? Com uma prótese no lugar de uma perna? Cadeirante? Uma mulher? Uma mãe?
Não? Por que?
Profissionais com diferentes bagagens sociais, culturais, econômicas, de gênero e até mesmo portadores de deficiências têm muito a ensinar sobre resiliência e, muitas vezes, trazem ideias e indagações diferentes em trabalhos em equipe, enxergando gargalos que outros não veem, suas perspectivas profissionais únicas, precisam ser ouvidas e respeitadas.
De acordo com um relatório da McKinsey sobre diversidade em 2023, a diversidade de gênero mais que dobrou na última década e as empresas que investem em talentos diversos possuem um desempenho financeiro 39% maior do que aquelas que não praticam ações de diversidade e inclusão.
Organizações que se mantêm no quadro “tradicional” não apenas estão perdendo a oportunidade de lucrar mais, como também perdem espaço no mercado. Os consumidores não se identificam mais com suas campanhas como antes. O que aconteceu? Profissionais que quebram paradigmas e fazem indagações inteligentes, podendo ser desconfortável para alguns que seguem o padrão normativo da sociedade, mas principalmente suas histórias de resistência os levam a ter uma grande vontade de fazer diferente e inovar em espaços diversos no mercado de trabalho, e ainda bem que isso acontece!
O portal Época Negócios divulgou que empresas como a Accenture, Vivo, Avon e Sodexo estão liderando o mercado em comparação a outras empresas do setor em práticas de diversidade e inclusão, em 2023 houve um aumento de 15% comparado ao ano anterior no número de candidatos interessados nas vagas, consequentemente que gerarão resultados melhores para as empresas.
Como vivemos em um mundo globalizado e conectado, estamos constantemente expostos a diferentes perfis de pessoas no mundo todo, o que reflete diretamente nas organizações que se comprometem a adotar práticas inclusivas, resultando em maiores índices de produtividade e satisfação no trabalho. O investimento em diversidade e inclusão não é apenas uma questão ética, mas uma estratégia inteligente e necessária para qualquer empresa que deseja se destacar e prosperar no mercado atual. Se sua empresa ainda não investiu em talentos diversos, o convite está aberto.
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Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.