Estão querendo acabar com a comunicação interna? Por Nayara Brito.

Se o título te chamou a atenção, espero que tenha chegado até aqui com a vontade de não deixar isso acontecer. Mas preciso te confessar que o assunto maior aqui não é sobre acabar com a comunicação interna em sua atividade e atuação e, sim, em seu conceito mais conhecido entre comunicadores e organizações. Algumas vivências e experiências me fizeram chegar nessa questão e as compartilho com você, para refletirmos sobre isso.

– Certo dia eu ouvi um podcast sobre comunicação interna, no qual o convidado em questão dizia não gostar muito do termo ‘interno’ porque, com o contexto de home office, tal definição já não cabia mais – (precipitado, mas interessante);

– Também realizei um curso de ‘Comunicação Interna e Endomarketing’ – sim, separados – o qual o professor defendia que ambos conceitos são totalmente diferentes em seus objetivos e estratégias – (será?);

– Nessa mesma linha, presenciei uma renomada relações-públicas defender que ‘o ambiente interno das organizações não é mercado’ para ser associado ao marketing – (no mínimo, polêmico);

– Há, ainda, profissionais e acadêmicos que defendem o termo ‘comunicação com empregados’ porque este, sim, representa a relação nua e crua que existe entre funcionário e empresa – (o que não deixa se ser verdade).

Mas, afinal, o que é essa comunicação-feita-com-quem-trabalha-em-determinada-organização? Em um de meus textos aqui no portal O.C.I., abordei sobre o paradoxo que os tempos atuais revelam sobre a comunicação interna, em que o ‘endo’ não é mais tão endo e o interno não é mais tão interno. Porém, vale ressaltar – dentro deste contexto ou não – que a premissa da comunicação interna não é somente sobre onde se está, mas sim sobre quem faz parte dela e para quem ela é destinada; as pessoas. Sempre será sobre elas, para elas, com elas e a partir delas. E a valorização dessa premissa não vai acabar. Pelo contrário, só tem aumentado entre nós.

Tudo gira em torno das pessoas! Por isso o termo utilizado nas empresas dependerá muito de como cada uma vai se identificar com as terminologias e trabalhar sua comunicação a partir da conceituação que elas trazem. Assim como existem tantos nomes para os ‘colabolovers’ por aí, que a comunicação interna, independentemente de como é chamada, seja feita cada vez mais de dentro para dentro, de humano para humano, uma vez que todos os seus integrantes são órgãos vitais e membros essenciais desse grande corpo; as organizações.

E para você? Qual dessas terminologias você acredita ser a melhor para definir o conceito em questão? O que você acha de toda essa discussão? Me conta aqui nos comentários!

Nayara Brito é relações-públicas e dedica suas escritas a temas que geram identificação e transformam pensamentos. Produtora de conteúdos organizacionais focados em comunicação interna, sempre busca trazer em seus textos o toque especial de uma comunicação mais humanizada. Acompanhe seu trabalho também em https://www.linkedin.com/in/nayarabrito/.