O medo é uma emoção que acompanha o ser humano desde a sua criação e se apresenta nas mais diversas situações.
Atualmente, o maior medo das pessoas no mundo moderno é estar desatualizadas sobre os principais assuntos comentados. Com o alto fluxo de informações distribuído nas redes sociais, uma variedade de assuntos surgem, alguns recebem mais relevância que outros e, consequentemente, ganham destaque. Diante de tal cenário, com tantas informações circulando, é possível estar totalmente atualizado sobre tudo o que acontece?
E se não conseguirmos dar conta dos principais assuntos, como devemos lidar com o “medo de ficar por fora”?
Este sentimento nos leva ao conceito FOMO, do inglês Fear of Missing Out (medo de ficar de fora, em português). Tal comportamento, cada vez mais comum nos dias atuais devido à internet, faz com que os usuários, em meio ao alto fluxo de informações bombardeadas todos os dias, temam ficar desatualizados sobre os assuntos em evidência.
A síndrome, como é chamada, surgiu em meados dos anos 2000 e se popularizou com a ascensão das redes sociais. Esse medo de se sentir de fora do que acontece ao nosso redor tem origem na necessidade imediata de estar sempre conectado, a fim de não perder as experiências vividas por outros. Isto resulta em uma espécie de escravidão à hiperconectividade proposta pelas redes sociais.
Dessa forma, como a mente humana pode lidar com a FOMO e equilibrar a vida real com o medo de se sentir de fora?
Certamente é um grande desafio tanto para os profissionais da saúde, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas, quanto para nós, que usufruímos das redes sociais, lidar com o medo de se sentir de fora. E, embora a mente humana seja uma máquina incrivelmente complexa, ela não está preparada para o gigantesco fluxo de informações em curtos períodos de tempo. Estima-se que uma pessoa comum receba cerca de 5 mil ações de propaganda por dia enquanto navega pela internet.
De fato, existem algumas estratégias para lidar com o medo de se sentir por fora em relação a eventos sociais, experiências ou informações relevantes.
Algumas deles são:
1) Autoconsciência: reconheça e compreenda seus sentimentos de FOMO. Reconhecer que existe o medo de ficar de fora dos principais eventos e, com isso, compreendê-lo. Identificar quando esses sentimentos surgem permite que você aborde a questão de maneira mais eficaz.
2) Viva o momento presente: aprenda a apreciar e desfrutar do momento presente em vez de se preocupar constantemente em estar conectado. Práticas como a atenção plena (mindfulness) podem ser úteis. Entenda que o mais importante é viver o agora.
3) Desconecte-se periodicamente: reserve tempo para desconectar-se completamente das mídias sociais e da tecnologia. Por exemplo, caminhar num parque, limpar a casa, organizar seus livros, entre outras atividades. Isso pode proporcionar um alívio significativo do estresse associado à FOMO.
Em resumo, a síndrome que se originou em meados dos anos 2000, a FOMO reflete como a sociedade lida com a internet. A necessidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo intensifica o imediatismo e o medo de não conseguir acompanhar os principais assuntos
discutidos ou eventos que se julga relevantes.
Por isso é importante adotar estratégias que auxiliem no equilíbrio entre a sua própria vida e os acontecimentos que ocorrem à sua volta. Cuide da sua saúde mental e priorize viver o momento presente.
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Nathália Meireles é especialista em Marketing Digital, com foco em conteúdo direcionado para as áreas de Transformação Digital, Inovação e Marketing. Graduada pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), cursa pós-graduação em Marketing Digital e Transformações Empresariais na Universidade Cruzeiro do Sul. Acredita que a escrita tem o propósito de estimular a geração de insights valiosos e contribuir para a sociedade. Além disso, é a mente por trás do blog Dig. Insights Hub, em que atua como criadora e escritora.