No início dos anos 2000, um querido amigo me atribuiu o apelido de “Pops”. Nesta fase, eu me orgulhava em contá-lo a respeito das minhas investidas em nossa nacionalmente premiada intranet, a “Clicnet”, da Telemig Celular (atualmente, Vivo/Telefônica). A cada encontro entre amigos eu contava, com orgulho e empolgação, sobre as campanhas, ações e inovações que fazíamos na área de Comunicação Interna, dentre elas, o uso de pop up. De tanto eu falar sobre isto neste círculo de amigos, tornei-me conhecida como Pops.
Relembremos: a definição de pop up é um tipo de janela que se abre no navegador quando acessamos uma página na web ou algum link de redirecionamento. É utilizado para abrir alguma informação extra, dar destaque a algo ou como meio de anúncios publicitários.
O “gênio” que criou o pop up foi o programador e blogueiro norte-americano Ethan Zuckerman. No final dos anos 1990, ele desenvolveu um código para “lançar” anúncios em janelas diferentes como uma alternativa para solucionar as reclamações de banners que apareciam inadequados em determinadas páginas.
Naquela época, o pop up era um recurso de publicidade dos desenvolvedores dos websites como tentativa para chamar a atenção dos internautas.
Contudo, com o tempo, os próprios navegadores tais como Google Chrome, Firefox, Microsoft Edge e Safari perceberam que estas janelas que “saltam” em nossos dispositivos estavam incomodando grande parte dos usuários da internet e disponibilizaram o recurso de bloqueadores de pop ups.
Mr. Zuckerman: “O que você criou merece aplausos; o que o pop up se tornou merece vaias!”.
Faça um teste: abra um site de notícias ou um marketplace, por exemplo, e veja o que acontece. Em meus experimentos, em menos de dez segundos surgem no mínimo dois a três pop ups simultaneamente. Lembrando que, na atualidade, ainda temos a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) – o que, “de cara”, já nos solicita um consentimento para liberarmos nossos dados. E, assim, mais um pop up para a coleção!
Bem, passados aproximadamente vinte anos, vejam só, eu arrepio ao receber essa avalanche de pop ups que nos entucha de anúncios e nos tira o foco daquilo que nos interessa (imagine, aqui, um emoji com cara de brava).
Espero que surja uma nova invenção para a publicidade e os destaques nas páginas da web que cumpram o seu papel, que eu compreendo perfeitamente – afinal, tenho formação em Publicidade e Propaganda – mas que não sejam tão importunadores.
Quanto ao meu apelido, ainda bem que tem um tempão que não me encontro com esta turma… Brincadeiras à parte, me orgulho muito e me divirto com este cognome, pois, por trás dele, havia muita ideação, dedicação, realização e resultados.
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Fontes: Wikipédia; significados.com; tecnoblog.net.
Imagem: Flickr.
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Varda Kendler é mestre em Administração, com formação em Publicidade e Propaganda, e especialização em Marketing, Comunicação Empresarial e Gestão Estratégica da Informação. Tem experiência em empresas de grande porte em gestão da comunicação integrada, cultura organizacional e marketing. Atua como educadora, consultora e empreendedora.