Envelhecer com qualidade. Por Danúbia Françoise.

Com o crescimento da população idosa, as instituições filantrópicas enfrentam desafios para oferecer um atendimento que atenda às necessidades desse público.

Envelhecer é um privilégio, sobretudo em um país como o Brasil, com altos índices de violência e poucas políticas públicas eficientes que garantem uma boa qualidade de vida. De acordo com o IBGE, em 2017, o País já contava com 26 milhões de idosos. Isso mostra o quanto o acesso aos programas governamentais é essencial para possibilitar uma vida saudável e atender às necessidades específicas desse público.

Nesse sentido, o Fundo Municipal do Idoso de Belo Horizonte (FUMID/BH) é um importante instrumento para financiar projetos que promovam a cidadania da pessoa idosa. Belo Horizonte possui, aproximadamente, 870 idosos que moram em 28 instituições filantrópicas.

Com o envelhecimento da população brasileira, conhecer esse grupo detalhadamente tornou-se fundamental para o planejamento das ações que desenvolvem e garantem os direitos da pessoa idosa.

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), normalmente, possuem recursos escassos e precisam de ajuda para garantir a inserção dos idosos na sociedade. Sendo assim, uma das vantagens de destinar recursos ao FUMID é que dessa forma o cidadão tem conhecimento da aplicação do seu imposto.

Para apoiar e acompanhar as Organizações da Sociedade Civil no monitoramento de seus projetos, faz-se necessário um projeto específico como o ‘Caleidoscópio 60+ Acompanhamento de Projetos’, desenvolvido pelo Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMAIS), a fim de acompanhar e gerar transparência das ações realizadas pelas instituições.

O projeto desenvolvido pelo CeMAIS é de extrema importância para que a sociedade tenha uma ferramenta confiável de consulta e monitoramento e, assim, continue seguindo com a credibilidade de que os seus recursos destinados pelo Imposto de Renda estão chegando e sendo utilizados de maneira eficaz, já que o monitoramento é baseado em metas qualitativas e quantitativas. A ideia é que apenas um projeto bem elaborado não é suficiente se não houver um mecanismo que defina um possível redirecionamento ou que confirme se os objetivos determinados foram alcançados.

Com o triste aumento das desigualdades no Brasil, vamos precisar cada vez mais do Terceiro Setor e aí, para vencer todas as pandemias que já enfrentamos e ainda enfrentaremos, as instituições que fizerem uma gestão bem elaborada e transparente vão se manter por mais tempo e poder ajudar mais pessoas.

É por meio do desenvolvimento e da execução dos projetos de excelência, juntamente com o apoio dos governos e da iniciativa privada, que se alcançará o fortalecimento das organizações sociais, fazendo com que tenhamos um envelhecimento saudável, produtivo e inclusivo. Somente assim será possível envelhecer com dignidade e levando à prática o que está garantido no Estatuto do Idoso como um direito de todos os seres humanos.

Para saber mais sobre o CeMAIS informações podem ser encontradas no site www.cemais.org.br e se quiser conhecer sobre o projeto Caleidoscópio 60+ Acompanhamento de projetos, acesse nossosdireitos.org.br .

Danúbia Françoise é bacharela em Jornalismo pela PUC Minas, licenciada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em Comunicação: Imagens e Culturas Midiáticas, também pela UFMG. Atua na área da comunicação, da educação, e possui diversas experiências profissionais em assessoria, sala de aula, jornal impresso, mídias sociais, em coordenação de curso, além de ser revisora, locutora e mestre de cerimônias.