Jornalismo e Relações Públicas: necessário conflito de interesses.

Jornalismo e Relações Públicas são áreas irmãs, mas bem diferentes.

E o conflito entre elas é natural, pois o repórter – na esmagadora maioria das vezes – quer saber aquilo que interessa ao público, enquanto o relações-públicas quer divulgar aquilo que interessa à organização.

A arte da uma assessoria de comunicação – embreagem nesse mecanismo de divulgação (publicity) – é a busca de um possível enfoque/interesse comum, nem sempre fácil. Nem sempre possível.

A profissão de relações-públicas, aliás, foi criada por um jornalista, Ivy Lee (nos Estados Unidos, em 1906), que, no exato momento em que a criou, deixou o exercício do Jornalismo. Este é o ponto que falta ser tratado, aprofundado e resolvido entre relações-públicas e jornalistas, no Brasil.

A picuinha – outro tipo de conflito (que se quer criar entre os dois perfis profissionais, desde os bancos da faculdade, infelizmente), desserve à própria imprensa (que se enfraquece diante do “jornalismo de assessoria” feito por jornalistas desempregados), às organizações em geral (que traficam influência junto aos patrões, nos veículos), à cidadania, e à democracia – por razões óbvias: compadrio e falta de independência.

E é artificialmente criado por gente de mentalidade “antiga” (mesmo entre jovens, mal-educados por professores que viveram sob a ditadura). Acaba sendo um must para patrões de mau-caráter – nas empresas, nas faculdades e na mídia.

Para mais, acesse a matéria que motivou esta Nota: http://www.corporateink.com/blog/2013/05/16/why-pr-is-more-interesting-than-being-a-reporter/?utm_source=May+2013+Newsletter+-+Amy&utm_campaign=May+Newsletter&utm_medium=email

Aula de Jornalismo

Sobre Marcondes Neto

Bacharel em Relações Públicas pelo IPCS/UERJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, sob a orientação de Margarida Kunsch. Professor e pesquisador da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. Editor do website rrpp.com.br. Secretário-geral do Conrerp / 1a. Região (2010-2012).