'Smart phone, dumb people'. Por Vitoria Alvim.

A internet influencia a maneira que os cérebros humanos (especialmente os em formação) agem e vêem o mundo ao seu redor, muitas vezes de forma a unificar maneiras de pensar.

Com redes sociais como o Instagram, TikTok e outros, jovens estão facilmente expostos à ameaças, como o cyberbullying, abuso e pedofilia, onde pessoas que você nem sequer conhece interferem e opinam sobre sua vida, e dizem o que você deve ou não fazer. Mas também, o sistema de recomendação de conteúdo faz com que apareça ou seja “recomendado” à você tudo o que quiserem, tornando a manipulação de mentes jovens muito menos complexa.

As gerações expostas ao uso excessivo da tecnologia serão “as primeiras com sua inteligência menor que a de seus pais”, diz estudo.

As supostas “modas” são tendências de maneiras de se vestir, maneiras de se arrumar, (cabelos etc) e até maneiras de se portar e de falar – que podem ser veiculadas pelas redes sociais e serem seguidas por jovens de diversos lugares diferentes e condições financeiras.

Pode ser que as redes (de fato, redes de pesca) e as “modas” façam você jogar fora seu celular comum, que está em perfeito estado, para ter aquele novo iPhone de 10 mil reais que você viu na internet. Isto, mesmo se você ganha um salário mínimo, porque não dá para abrir mão de “estar na moda”.

Às vezes parece inevitável gostar e querer aquela nova bolsa que tal celebridade está usando. Mas não podemos ser cegos ao ponto de nos tornarmos iguais a outras pessoas e não sermos nós mesmos. Se identificar com um “estilo” de vestir ou de decoração não quer dizer que você tem que ser aquilo, nem seguir esse “estilo” como se fosse uma lista de regras, dando a falsa impressão de que você age de maneira diferente, que se expressa de maneira genuinamente única quando, na verdade, só está igual a todo mundo, como numa manada seguindo para o abismo sem questionar suas escolhas nem ver o que está à sua frente.

Crianças pequenas expostas ao uso excessivo de internet acabam se tornando mais “adultas” muito mais cedo, usando termos inapropriadamente, tais como palavras de baixo calão. Isso pode, sim, “encurtar” a infância das crianças, podendo também torná-las mais violentas, uma vez que crianças que estão com seu corpo e cérebro em formação repetem o que vêem, e o que a internet mostra pode muitas vezes conter cenas de conteúdo impróprio explícito, violência e comportamento ruim, muitas vezes sem a noção dos pais e sem nenhum tipo de filtro.

A internet e os dispositivos com acesso a ela e às redes sociais são, realmente, algo novo e incrível, mas devem ser usados com moderação e de maneira consciente, e com cuidado para que o sistema de recomendação não conheça você melhor do que… você mesmo. Tanto adultos quanto crianças pequenas influenciadas pela internet devem ter seu tempo de tela e de redes sociais reduzido para poderem aproveitar cada momento dessa fase de suas vidas sem serem pressionados pela “sociedade da telinha”.

Imagem de chamada: Vitoria Alvim.

Vitoria Alvim é carioca, gosta de artes, de desenhar, escrever e ler livros e mangás. Participa de competições e concursos de diversas matérias. Cursa o oitavo ano do Ensino Fundamental II na Escola Canadense.