Domingão: fim do dia ou fim do mundo? Caminhando pela praia encontro muito lixo pelo chão. Dá até desânimo. Sempre fico imaginando que seria ótimo fazer um mutirão com os banhistas, convidando cada um a catar o lixo que encontrasse ao seu redor. Pronto! A praia estaria limpa em um final de semana.
No entanto, esta tarefa árdua fica a cargo dos garis. Antigamente, eles usavam roupas quentes e mal aguentavam ficar trabalhando com o do sol a pino. Hoje, usam bermudas e camisas de manga curta. Parece uma obviedade, mas foi um grande avanço perceber as necessidades destes profissionais.
Esse mesmo olhar agora precisa ser dado às suas ferramentas de trabalho, a fim de muni-los com material adequado. Hoje, é comum ver dois lixeiros para catar o lixo varrido: um para segurar o saco e outro para jogar os detritos dentro dele. Isso acontece porque a praia é um local onde venta muito e a boca do saco se fecha ou ele fica inflado como uma biruta de aeroporto.
Este problema pode ser resolvido de várias formas. Para facilitar, podemos pensar em alternativas de baixa tecnologia, e, consequentemente, de baixo custo, como prender a boca do saco em um aro rígido de forma circular, que o manteria aberto. Isso daria autonomia ao gari e duplicaria o número de pessoas na limpeza da praia.
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Gisela Pinheiro Monteiro é professora de Desenho Industrial da Universidade Federal Fluminense. Doutora e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Design da ESDI/UERJ, na linha de pesquisa ‘História do Design Brasileiro’. É também graduada pela mesma instituição com habilitação em ‘Projeto de Produto e Programação Visual’. Possui formação técnica em Design Gráfico pelo Senai Artes Gráficas do Rio de Janeiro e experiência na prática do Design, tendo sido responsável por diversos projetos para empresas.