O poder feminino no Mundo da Comunicação. Por Andrea Nakane.

A sala de aula da graduação em Comunicação ainda não pode ser considerada como um reflexo do mercado de liderança corporativa, já que a maioria das vagas acadêmicas são ocupadas por mulheres, e os cargos diretivos da mais alta gestão estão sob a batuta de homens.

E, sem dúvida alguma, por mais avanços que a sociedade contemporânea registre, a cultura do patriarcado responde por esse cenário, no qual a equidade inexiste.

Em um mundo cada vez mais tecnológico, robotizado, o foco em inteligência emocional evoca disrupturas mercadológicas que devem também, incluir a maior abertura, não só do empoderamento feminino, mas, todavia, de sua prática real, com mulheres assumindo posições de maior comprometimento e responsabilidade nos cargos diretivos de mais alta hierarquia.

Porém, há diversos casos nos quais as próprias mulheres acabam por escolher não disputar tais postos em função, muitas vezes, de ambientes hostis e extremamente agressivos.

A prerrogativa mais relevante enfrentada pela mulher no ambiente de trabalho é a busca do equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, demonstrando ainda a forte presença da cultura na qual a mulher é a responsável pela administração das questões do núcleo familiar.

Há uma leitura bastante pertinente que corrobora com essas reflexões. Trata-se do livro Poder Feminino, de Bethany Webster, famosa pensadora feminista, lançado recentemente no Brasil pela Editora Melhoramentos.

A obra propõe o investimento em um processo de cura, de reconhecimento de um ciclo que é perpetuado inconscientemente pelas mães às filhas, fazendo um exame sagaz e sensível sobre as manifestações desse trauma no cotidiano e na formação da sociedade.

O livro é repleto de experiências adquiridas ao longo de muitas décadas em diversos eventos que diretamente atendiam diversos grupos de mulheres e traz reflexões sinceras e regeneradoras que dão nitidez ao que seja a Ferida Materna e os mecanismos de sua cura – visando colaborar com uma verdadeira revolução – contra a misoginia e relacionamentos tóxicos.

Para mulheres ativas no mercado de trabalho, o livro é uma leitura reveladora, que transborda conhecimentos úteis para abraçarmos uma nova era, na qual as mulheres estejam plenamente em todos os lugares que elas quiserem estar, acolhidas sem exceção ou sentimento inferior.

E ao chegar nesses patamares, a questão da remuneração também não pode ser esquecida, pois é muito destoante… mas esse assunto é para outro texto.

Vamos à leitura!

Andrea Nakane é bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas. Possui especialização em Marketing (ESPM-Rio), em Educação do Ensino Superior (Universidade Anhembi-Morumbi), em Administração e Organização de Eventos (Senac-SP), e Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância (UFF). É mestre Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi e doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, com tese focada no ambiente dos eventos de entretenimento ao vivo, construção e gestão de marcas. Registro profissional 3260 / Conrerp2 – São Paulo e Paraná.