O limite entre não desistir fácil e nem insistir para sempre é tão enigmático quanto desafiador. Na realidade não existem receitas, nem tão pouco fórmulas para enquadrarmos cada situação e sabermos a hora de recuar.
Que bom seria se para cada novo desafio soasse um alerta, um aviso de perigo ou um passe livre dizendo: vá em frente! Mas sabemos que o livre arbítrio está ali, sempre presente, para nos testar.
E aquela voz interna, que por vezes até grita, nem sempre é certeira. Ela pode nos tontear, embaralhar a visão e nos deixar a sensação de que recuamos antes de avançar. E como administrar a frustração? Como olhar para o espelho sem aquela dor profunda de quem fugiu da raia, correu do perigo, ficou parado na encruzilhada das diversas opções?
Um peso e duas medidas, na realidade, podem enfatizar o fato de estarmos diante de um mesmo mérito (um peso) e dois julgamentos diferentes. E as consequências? Bem, tudo na vida são escolhas e consequências, então aprendamos a conviver com isso. A resiliência nos mostra a importância de lidar com as adversidades, superar pressões, obstáculos e problemas, reagir positivamente sem entrar em conflito psicológico ou emocional.
Que tenhamos a sensibilidade de separar o joio do trigo; a luta inglória; a perda de energia que por vezes nos consome. Então, viva com a certeza de que tentou, lutou na medida que lhe foi possível, com as armas que tinha e com as certezas que julgou existirem. Sabedoria e confiança de mãos dadas. No mais, tudo são experiências e/ou lições!
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Neusa Medeiros é jornalista, com pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. Sócia-diretora da empresa Edição 3 – Comunicação Empresarial, com diversificada atuação na área. Atuou, por vários anos, como assessora de imprensa e professora universitária na Unisinos, e como colunista no Jornal VS, do Grupo Editorial Sinos, onde segue como colaboradora.