Muito desconhecimento e curiosidade sobre o Metaverso em eventos. Por Andrea Nakane.

Pesquisa Inédita realizada pela Mestres da Hospitalidade traz números que elucidam como o segmento de eventos no Brasil está lidando com a web 3.0 e o Metaverso.

A abordagem relacionada às ambiências do Metaverso na atualidade remete aos mesmos temores e dúvidas que a internet provocou no momento preliminar ao seu expansionismo.

E nada mais eficiente e eficaz para mitigar receios e inquietações, e até mesmo ampliar perspectivas, que a informação concreta, na qual o empirismo recebe o suporte de evidências e dados coletados do próprio mercado.

Desafios complexos exigem novas abordagens para soluções críveis e criativas. E agregar dados e experiências é trilha natural para que não haja intimidação e muito menos insegurança.

Diversos estudos apontam que o conhecimento e imersão em territórios ainda considerados como novidades ajudam os profissionais a se dar bem em ambiências com poucas certezas de médio prazo e processos definidos, mas que podem ter um rápido crescimento no mercado, sobretudo em um cenário tão VUCA – Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo (na sigla em inglês) – em que a humanidade se encontra. Portanto, informações e senso crítico são fundamentais para o acompanhamento da evolução que nos absorve nesse momento.

Amparado nisso, foi desenvolvida pelas pesquisadoras Andrea Nakane e Shirley Salazar, sócias-proprietárias da Mestres da Hospitalidade o I Estudo sobre Web 3.0 e Metaverso no segmento de Eventos.

Compilando as respostas de 215 pessoas, que gentilmente responderam um questionário com 10 perguntas, por meio da plataforma digital, Google Forms, no período de 1 a 14 de junho de 2022, esse material permite analisar o atual estágio não só do conhecimento, mas, evidencia o quanto a prática está já articulada no cotidiano da sociedade, por meio de um dos mais fortes e importantes veículos de comunicação dirigida: os eventos.

No levantamento proposto foram ouvidas pessoas oriundas das cinco regiões do país, sendo 66% identificadas com o gênero feminino e 34% identificadas com o gênero masculino.

O estudo também foi plural no quesito faixa etária, tendo representantes de 18 até mais de 72 anos. Com relação a posição profissional atual, 32% ocupam função como empregado assalariado com CLT; 16% como profissional liberal; 15% como prestador de serviços com MEI; 7,5% são professores; 8,5% são estudantes; 4% são aposentados; 4% funcionários públicos; e 3% estão desempregados. Além disso, especificaram outros cargos empresários, CEOs, empreendedores, cerimonialistas, vendedores, consultores e estagiários, completando a amostra.

Ao serem questionados sobre sua experiência como participantes de eventos, 82% disseram que têm hábito de frequentar eventos e somente 18 % disseram que não têm essa vivência.

Da totalidade daqueles que participam de eventos temos a identificação de que 44% participam mais de eventos presenciais, 20% mais com participações em eventos digitais e 26% assumem a participação em eventos híbridos, parte presencial e parte digital. Apenas para comprovação de dados, 10% não responderam.

Quando indagados sobre web 3.0, 63% nunca ouviram falar e 37% já tinham ouvido falar. Porém, em termos de conhecimentos sobre a web 3.0, apenas 2% creditam que têm elevado expertise, compreendendo bem o termo e já tendo utilizado em seus projetos de trabalho. 30% detêm conhecimento baixo, não tendo conhecimento sobre o tema. Já 17% dos entrevistados disseram que acreditam ter conhecimentos medianos, tendo algumas informações, mas ainda sem oportunidades de executar projeto embasado. O maior percentual de pessoas, 40%, disseram que nunca ouviram falar, não tendo noção alguma sobre o tema. 12% registraram não saber responder.

Quando indagados sobre o Metaverso, 88% do público respondente foi categórico em afirmar que já ouviu falar sobre e 12% nunca ouviram falar.

O conhecimento sobre o Metaverso é considerado por 47% como mediano – tendo algumas informações, mas ainda sem a oportunidade de executar projeto atrelado ao assunto. 41% consideram seu conhecimento baixo, não tendo conhecimento embasado. 6% nunca ouviram falar sobre o tema, não tendo noção alguma, e 3% acreditam que seu conhecimento sobre Metaverso seja elevado, compreendendo bem e já utilizando em projetos de trabalho. 5% dos entrevistados não conseguiram responder aos questionamentos.

Quando indagados se já tiveram a oportunidade de participar de algum evento no Metaverso, 93% disseram que não e apenas 7% disseram que já vivenciaram essa experiência.

A curiosidade, portanto, é bem significativa, já que 62% dos respondentes sinalizaram interesse em participar de um evento no Metaverso e 33% talvez pudessem participar conforme fosse o atrativo. 5% não têm interesse nesse tipo de participação.

Perguntou-se, também, sobre a utilização do Metaverso em eventos e como se poderia classificar essa iniciativa.

30% dos respondentes sinalizaram que seu uso seria uma solução tecnológica que atendesse a novas necessidades e novos comportamentos sociais. 15% acreditam gerar diretamente uma conexão com a modernidade. 12% acreditam que pode gerar uma experiência mais mercante para participantes. 10% percebem o uso do Metaverso como elemento que pode facilitar a participação do público nos eventos. 9% responderam que identificam o Metaverso como uma ferramenta de diferenciação e competitividade. Apenas 3% acreditam que poderá gerar uma diminuição de custos nos eventos. Novas formas de monetização também foi razão citada como resultado possível do uso do Metaverso em eventos. Porém, cerca de 19% não conseguem expressar sua opinião sobre o tema.

Outro questionamento feito foi sobre o uso em eventos de tecnologias modernas que unem Realidade Artificial, Ampliada e Virtual: O que, na opinião deles, torna-se o principal obstáculo para seu fomento, no Brasil?

33% disseram que acreditam que os custos elevados são os principais impeditivos para seu maior uso. 32% já sinalizam que o processo de falta de conhecimento desse potencial seja intimidador ao seu maior uso. Outros 17% responderam que há uma escassez de mão de obra especializada. E 15% acreditam que não haverá aderência ao perfil do público, distante de toda essa tecnologia. 1% avalia que o somatório de todas essas possibilidades respondem a essa demanda. Outros percentuais abaixo de 1% foram registrados, compilando pensamentos como disponibilidade de tecnologia no território nacional, acesso limitado, nas mãos de algumas poucas classes sociais e dispositivos finais para o usuário comum, ainda considerados caros e escassos.

Os interessados em receber o e-book específico com as análises mais profundas do levantamento, podem solicitar o material completo pelo email: mestresdahospitalidade@uol.com.br

Vale a leitura e assim começar a se preparar para o futuro, ou melhor, o logo ali!

Andrea Nakane é bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas. Possui especialização em Marketing (ESPM-Rio), em Educação do Ensino Superior (Universidade Anhembi-Morumbi), em Administração e Organização de Eventos (Senac-SP), e Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância (UFF). É mestre Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi e doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, com tese focada no ambiente dos eventos de entretenimento ao vivo, construção e gestão de marcas. Registro profissional 3260 / Conrerp2 – São Paulo e Paraná.