GESTÃO INTELIGENTE - Regeneração Ambiental: transformando desastres em oportunidades 'ESG'. Por Regina Brito.

A pauta atual que as empresas estão trabalhando em 2024 é sobre ESG (Environmental, Social and Governance), surgida no começo desse ano, a sigla representa um desafio proposto por Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a 50 presidentes de grandes empresas financeiras ao redor do mundo a criarem projetos que não apenas propusessem, mas aplicassem soluções ambientais, sociais e de governança até 2030.

Com o objetivo de melhorar processos, diminuir riscos e melhorar decisões de investimentos, a constante preocupação do mercado financeiro sobre sustentabilidade e como aplicá-la de maneira correta, a ONU propôs o desafio que tem sido repercutido em diversos países. Ações precisam ser tomadas, uma vez que os processos antigos em áreas diferentes precisam ser revistos e refeitos, e um exemplo disso são as indústrias petrolífera, alimentícia e da moda, uma vez que seus processos estão esgotando os recursos naturais do nosso planeta.

De acordo com um artigo publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina: “Todas as outras atividades antrópicas, toda a indústria pesada, inclusive a metalurgia, representam apenas 29% das emissões. E se considerarmos só o setor alimentício, a produção de alimentos de origem animal gera 95% das emissões de CO2 no Brasil. Os alimentos vegetais destinados aos humanos representam apenas 5% dessas emissões”. Isto significa que a maioria das emissões de Carbono e a grande causa do efeito estufa atualmente é destinada à produção em excesso de animais, alimentados e injetados com hormônios em escala em cubículos minúsculos, o que causa doenças por vírus e bactérias que, consequentemente, vão parar na sua mesa de almoço no churrasco de sábado, no seu corpo e atualmente é a grande causa de doenças relacionadas ao câncer, problemas cardíacos, diabetes, colesterol, gordura no fígado e intestino, e tantas outras. Precisamos mudar nossos hábitos para vivermos uma vida leve e saudável. Para aqueles que ainda não assistiram o documentário da Netflix “Você é o que você come: as dietas dos gêmeos”, recomendo que assistam, pois mostra como nossa rotina afeta não apenas a nós.

Não só a saúde das pessoas como consumidores de produtos de origem animal é afetada diariamente, como a saúde financeira das empresas é afetada diretamente com a cobrança da sociedade por novos hábitos que são mais sustentáveis e condizentes com a evolução da consciência coletiva de diferentes populações. Um grande exemplo é o crescimento e mudança na indústria causada por novas marcas veganas que produzem produtos e serviços que estão inovando na utilização sustentável, criando produtos que não apenas salvam nossos corpos de doenças, mas diminuem os impactos ambientais em até 75% conforme o portal Ciclo Vivo.

A escolha é óbvia e a mudança também. Como profissionais, devemos trabalhar para reduzir os danos causados no planeta para as próximas gerações que virão e para conseguirmos viver com a consciência tranquila.

A evolução planetária exige isso das empresas, de gestores e de todos nós profissionais em todas as áreas de mercado. Há disponíveis alguns cursos voltados à implementação de projetos ESG nas empresas e em instituições públicas. Sugiro fortemente que os procurem.

Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.