Quando um cargo de liderança é ocupado em uma organização, a pessoa que o ocupa é automaticamente responsável pelo desempenho, resultados e, principalmente, o bem-estar dos relacionamentos de sua equipe. Pode-se, inclusive, comparar esta posição à dos técnicos de equipes olímpicas de alta performance.
Os bons treinadores de equipes de alta performance buscam treinar 3 pilares fundamentais: a mente, o corpo e as emoções. Um fator transformador neles todos é a resiliência, a capacidade de se levantar depois de uma queda, compreender o que deu errado, aprender o que foi bom e o que trouxe dificuldades, e ter a coragem de se expor novamente à possibilidade de errar.
A saúde mental e a inteligência emocional contam muito na hora do desempenho. Os líderes têm o papel de ajudar a desenvolver habilidades que combatam principalmente a ansiedade. A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou que o Brasil ocupa o 1o. lugar no ranking de pessoas mais ansiosas diagnosticadas, com 9,3%.
Os transtornos mentais são doenças que precisam de muito cuidado e orientação psiquiátrica e psicológica. Por este motivo, cada vez mais empresas investem em programas de cuidado para a saúde mental de seus funcionários, pois sem eles a empresa não existirá.
Há uma frase do escritor Simon Sinek, de quem eu particularmente gosto muito: “Líderes não cuidam de resultados. Líderes cuidam de pessoas. E pessoas geram resultados”. Essa frase simples ilustra muito bem que o foco de muitos pode estar invertido, pois o papel da pessoa que ocupa um cargo de liderança é saber se colocar no lugar de cada ser que está na sua equipe, entender como pensam seus colaboradores e como potencializar suas habilidades únicas, que juntas podem se complementar e trazer ótimos resultados.
Um bom exemplo disso: considere dois perfis complementares – um indivíduo analítico, que gosta de ordem; os dados lhe trazem certeza e segurança antes de agir, sendo muito detalhista e perfeccionista. A outra pessoa: comunicativa, simpática com todos e carismática, com grande capacidade de persuadir e motivar o time a seguir sempre em união. Ambos possuem qualidades e defeitos na rotina do dia a dia no trabalho, dependendo das tarefas que precisam ser realizadas, mas os dois em conjunto conseguem se ajudar mutuamente e dar vida a projetos que poderiam não ter saído do papel.
Quando se trata de trabalho em grupo é importante levar em consideração e praticar um pouco de altruísmo e empatia, pensar nas necessidades daqueles que estão com você naquela jornada e motivar todos a se apoiar mutuamente, sendo liderados com respeito e consideração por um líder que não veja apenas metas e resultados de vendas na sua frente.
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Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.