FORA DA CAIXOLA - Todo mundo quer o melhor.

Fazer o melhor é bem subjetivo. O que é bom para você, pode não ser bom para mim. O que muda é o referencial.

Então, se a sua vontade é querer ajudar ao outro, a melhor coisa que tem a fazer é entendê-lo, com uma ferramenta chamada empatia: que é a faculdade de compreender emocionalmente esse outro.

Portanto, não adianta querer que um filho siga no curso de Direito se o que ele gosta é de Marketing Digital. Não é coerente se sentir superior a alguém para achar que sabe mais do que ele sobre a vida que é dele.

Nessas horas, vale uma dica. Toda vez que a gente perceber que está palpitando sem ter sido consultado, que está achando sem fazer parte da situação, que tem opinião formada sobre tudo, lembre-se da música do Raul Seixas:

‘Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes. Sobre o que é o amor, sobre que eu nem sei quem sou. Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou. Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor, lhe faço amor, eu sou um ator. É chato chegar a um objetivo num instante. Eu quero viver nessa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo’.

A pessoa que observa, repensa e busca ler sobre os diversos ângulos de uma questão, geralmente é aquela que não impõe a própria opinião e muitas vezes não é ouvida, pois não sabe ganhar no grito.

Eu admiro quem sabe a hora certa de se colocar, aquela que ouve e que, apesar da intolerância opinativa vigente, cede ao bom argumento e se faz ouvir com a eloquência dos mestres. Que possamos ser mais ‘ouvidos’ e influenciar pessoas com exemplos.

O que mais estamos precisando, nesse momento, é de pessoas dispostas a serem empáticas e que compartilhem conhecimento. Como sempre digo, empatia é a capacidade e compartilhar é o verbo do século.