A Copa do Mundo do Qatar teve vários altos e baixos, os quais também envolveram as marcas que quiseram uma pequena exposição na maior competição de futebol do mundo. A questão é: será que realmente vale a pena fazer um investimento alto para uma exposição tão rápida? Vou analisar algumas ações feitas por marcas que envolveram a Copa do Mundo.
Na estreia do Brasil, o goleiro Alisson chegou ao estádio com um bigode, algo inédito em sua carreira na seleção brasileira, mas logo todos ficaram sabendo que o novo visual fazia parte de uma ação da Gillette, marca de lâminas de barbear, para conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde por meio da figura do bigode, símbolo do Novembro Azul.
A cerveja Petra lançou um produto exclusivo para quem gosta de cerveja mas não acha uma boa ideia beber algo alcoólico às 7 horas da manhã para ver os jogos. A marca então lançou o “leite de Petra”, que consiste em uma bebida láctea não-alcoólica, elaborada com a cevada que dá origem à cerveja Petra Malte.
A marca de cosméticos Quem Disse, Berenice? se uniu ao Guaraná Antarctica para lançar uma linha de lápis multifuncionais para olhos, rosto e corpo, além de pó iluminador e esmaltes para a torcida brasileira. A ideia foi exaltar a tendência BrazilCore e unir as marcas à Copa do Mundo.
Uma das questões que mais chamou a atenção na competição foi a proibição de bebidas alcoólicas no Qatar. Algo que, com certeza, não foi bem aceito pela grande patrocinadora do evento, a Budweiser, marca de cerveja. Para driblar a falta de exposição – e o alto investimento -, a marca anunciou que o campeão da Copa do Mundo levará para casa todo o estoque que estava reservado para vendas no país.
As marcas sempre querem seu momento de fama na Copa do Mundo, mas elas devem saber que esse momento será breve e muitas vezes nem tão memorável. Você se lembra das marcas patrocinadoras da última Copa do Mundo? Aposto que não. Uma das ações mais arriscadas com certeza é o lançamento de uma linha especial, pois isso requer ainda mais investimento, mão de obra, e pode durar, com sorte, apenas dois meses. Com certeza, as marcas Quem Disse, Berenice? e Petra ficarão com seus estoques de produtos exclusivos após o fim da Copa do Mundo, mas só elas saberão se a ação realmente valeu a pena.
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Maria Gabriela Tosin é graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), especialista em Mídias Digitais pela Universidade Positivo e mestranda em Administração na PUC-PR. É criadora do blog pippoca.com, atua como pesquisadora, é autônoma e colaboradora em diversos blogs.