Com o fácil acesso a informações, compras online e redes sociais como Instagram e TikTok, o conteúdo gerado pelos usuários (UGC – User-Generated Content) vem ganhando força junto ao público e conquistando o bem mais precioso em uma relação: a confiança.
De forma simples, UGC (sigla em inglês para Conteúdo Gerado pelo Usuário) ocorre quando o consumidor de um produto ou serviço cria algum tipo de conteúdo, especialmente no ambiente digital.
Dessa forma, esse conteúdo pode influenciar outros consumidores, tanto positivamente quanto negativamente, a partir de experiências reais como fazem os influenciadores digitais ou apenas pelo desejo de produzir conteúdo, uma pessoa comum.
Atualmente, diversas marcas disputam a atenção dos clientes em meio a forte concorrência em seus respectivos setores. Mesmo com grandes estratégias de marketing feitas por essas marcas, o impacto não é o mesmo de anos atrás. Em meio a lançamentos milionários e grandes influenciadores que representam marcas renomadas, o consumidor pode se sentir desconectado ou até mesmo indiferente se não houver uma identificação genuína, impactante na jornada do consumidor.
Por exemplo, na América Latina, apenas 33% dos consumidores confiam em anúncios online, como banners, segundo a Statista. No Reino Unido, esse percentual cai para 10% entre usuários da internet, os quais confiam nos anúncios presentes em redes sociais.
No entanto, um grande contraste aparece quando consideramos recomendações pessoais: 88% dos entrevistados confiam mais nas
recomendações de outras pessoas do que em qualquer outro canal.
E, para completar, um estudo da Stackla apontou que 79% das pessoas afirmam que UGC tem um grande impacto em suas decisões de compra.
Qual a conclusão sobre esse comportamento do consumidor?
Simples, a chave-mestra é autenticidade. O público atual, aquele que usa com frequência as redes sociais e está sempre se informado de tudo, espera por produtos e peças de propaganda autênticas, que gerem valor e identificação.
E então, qual é a relação entre UGC e autenticidade?
A relação entre UGC e autenticidade é forte porque o conteúdo gerado por usuários geralmente reflete experiências e opiniões genuínas de pessoas reais, o que o torna mais autêntico e confiável para outros consumidores. Como não é produzido por profissionais de marketing ou empresas, sem aquela superprodução e investimento, tende a ser mais transparente e natural.
UGC muitas vezes cria um senso de comunidade e conexão, porque as pessoas se identificam com as experiências dos seus pares. Isso gera maior confiança no produto associado ao conteúdo. A partir da identificação com o produto, o público se sente mais seguro em adquirir o que as marcas oferecem e indica aos seus amigos e familiares.
Tal autentic/idade pode ser fundamental para as marcas que buscam engajamento e credibilidade.
Em relação ao futuro do UGC, vejo-o como uma excelente estratégia para as marcas investirem, refletindo uma tendência de maior interação, confiança e envolvimento.
Quando as marcas reconhecem a importância da autenticidade na criação e desenvolvimento de seus produtos, investem em credibilidade, em comunidades ativas e engajadas, e na diversidade de formatos em plataformas como Tik Tok, Instagram e YouTube, é notório o crescimento nas vendas.
O comportamento humano muda tão rapidamente que, por vezes, as empresas não percebem o quanto o consumidor muda no decorrer dos anos, enquanto seus produtos não acompanham essa mudança, permanecendo estagnados. Por isso, muito se fala sobre inovação e tecnologia no processo de criação e desenvolvimento de produtos e campanhas. As marcas que não se adaptam a essas mudanças, reconhecendo a importância do conteúdo gerado pelo usuário e da autenticidade, podem perder relevância no mercado.
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Nathália Meireles é especialista em Marketing Digital, com foco em conteúdo direcionado para as áreas de Transformação Digital, Inovação e Marketing. Graduada pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), cursa pós-graduação em Marketing Digital e Transformações Empresariais na Universidade Cruzeiro do Sul. Acredita que a escrita tem o propósito de estimular a geração de insights valiosos e contribuir para a sociedade. Além disso, é a mente por trás do blog Dig. Insights Hub, em que atua como criadora e escritora.