COMUNICAR É PRECISO - Simples não é simplório.

Sem floreios, o líder comunicador não maquia a mensagem

Certo colega de profissão, quando estudante, gostava de usar palavras que considerava mais cultas para impressionar suas fontes e leitores. Até aí, problema algum, a questão é que escorregava no uso correto das palavras. Ao pedir a validação de um texto, por exemplo, soltava um ‘você pode me dar um respaldo na matéria?’. Assim, sem outras explicações…

Conheça os termos que utiliza

Ele poderia ter sido mais claro e evitado constrangimento se tivesse consultado um dicionário de bolso. Teria entendido que ‘respaldo’ pode ter sentido de ‘costas de uma cadeira’ ou, no máximo, de ‘dar um apoio político, econômico, moral’ a alguém. Ter um dicionário e uma boa gramática ao alcance das mãos resguarda o comunicador. Na dúvida, consulte livros de referência.

Cultive sinônimos

Ser simples, não é ser simplório. É preciso, sim, ampliar o vocabulário para se comunicar melhor. A leitura em diferentes estilos ajuda muito, afinal, lançar mão de sinônimos torna o texto menos repetitivo e mais rico.

Ouça o seu texto

Um bom texto, aquele agradável de ser lido é fluido, tem ritmo. Ao escrever, leia em voz alta e duvide do que soar estranho. Se pareceu ruim para você, será pior para o seu leitor que ainda terá que descobrir o que você quis dizer.

Com cor, mas sem floreios

A criatividade e o cuidado para a escolha das melhores palavras ajudam a dar ‘cor’ ao escrito, mas os floreios com termos muito adjetivados ou rebuscados, em geral, geram ruído de entendimento. Sem contar que boa parte das pessoas que exageram nos termos pouco usuais fazem isso de maneira inadequada, por não entenderem completamente o sentido das palavras que soam bonitas’ a seus ouvidos.

Menos é mais

Escreva as ideias por inteiro, não pressuponha que o leitor vai completar da mesma forma que você. E antes de abusar de novos termos ou estruturas frasais mais eruditas, certifique-se de que as domina para não soar piegas, artificial, inverídico ou, pior, dizer uma coisa querendo falar outra. Acerta mais quem escreve somente o que é necessário para passar sua mensagem da maneira mais compreensível possível.

Fernanda Galheigo é jornalista com foco em comunicação interna e fortalecimento da liderança. Mãe de gêmeos, é apaixonada pela comunicação como forma de cura, ferramenta de gestão e de qualidade de vida.