As dores e delícias em ser mulher e porque fazemos a diferença na comunicação. Por Carolina Denardi.

Como mulher, tenho ressalvas sobre a comemoração do Dia Internacional da Mulher e sei que outras mulheres concordam comigo, mas fato é que estamos em março e não poderia abordar outro tema neste espaço senão o universo feminino na comunicação.

Mulheres são diplomatas por natureza, carregam o emocional no ventre e trazem a inteligência a favor da conexão por intuição.

Não por acaso, é tendência para os próximos anos trazer a visão feminina para as estratégias voltadas à conexão e vendas, como inclusive mencionei na minha mensagem ao 08 de março nas minhas redes sociais.

Contra fatos não há argumentos

– Segundo dados das principais agências do país e grupos internacionais, 60% das promoções no ano passado foram de mulheres (dados da WMcCann).

– O número de mulheres na liderança cresceu 20% e no conselho da empresa 50% (dados da VMLY&R).

– Mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança; em 2019 eram 25% (pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos).

É verdade que nem tudo são flores, há ainda muito a desbravar no sentido da equidade, mas há também de nos valorizarmos e mostrarmos cada vez mais nossa força e nossa visão diferenciada. A inteligência emocional sempre foi o nosso forte e, se antes era sufocada, hoje grita e tem seu tom exigido como essencial na fluidez de uma organização e aqui não apenas na comunicação, mas em todas as áreas. Talvez não por acaso, o mesmo estudo da Grant Thornton traga no topo da lista dos cargos mais ocupados por mulheres a diretoria de recursos humanos, com 43% de participação, seguido da diretoria executiva, com posição em cargos na área financeira (34%).

Porém, ainda ocupamos mais cargos de apoio (RH, marketing e finanças) em vez de executivos (CEOs).

Como sempre expresso nos meus posicionamentos, minha visão sempre conduzirá para o copo mais cheio e sempre defenderei as conquistas, porém sem a cegueira e ingenuidade de olhar só o perfume das rosas sem considerar os espinhos da roseira.

Meu propósito aqui é enaltecer a nossa força, o nosso diferencial e a nossa garra. É chamar a atenção para a coragem que mesmo diante de tantos desafios – e a história e os noticiários nos lembram diariamente disso – temos seguido na jornada e conquistado nosso espaço e não porque é março, ou estamos nos mês de março, mas porque todos os dias procuramos nos alinhar à nossa intuição, porque todos os dias estamos aptas a enfrentar os nossos algozes e não são poucos, mas levamos sempre em punho as nossas armas imbatíveis que são o diálogo, o coração e a inteligência aquém da razão.

Sigamos nos conectando, unindo nossas vozes, nossas forças e nosso potencial diplomático de agregar. Já estamos colhendo e colheremos ainda mais porque unidas estamos prontas e preparadas a acolher e agregar também aquelas mulheres que precisam do nosso apoio para seguir e também se encorajar e acreditar na voz e no poder único que nos faz mulher.

Sigamos em frente, em março, abril, maio, junho…somos e temos 365 dias a nosso dispor, ousemos juntas fazê-los a nosso favor.

Carolina Denardi é jornalista com mais de 20 anos de história com a comunicação, seja como repórter, chefe de redação e apresentadora, seja como  assessora de imprensa e no gerenciamento de crise. Apaixonada por pessoas e fazer ponte entre elas. Essência e fundadora da CD Comunica | https://www.linkedin.com/in/carolinadenardi/ | @carolina_denardi