ANTEVASIN - Monitoramento e avaliação como processos e meios para melhoria contínua.

É comum nos depararmos com o encadeamento dados, informação e conhecimento. Podemos assumir esse encadeamento por uma lógica positiva por melhoria de resultados, em (1) um contexto de uso de instrumentos de monitoramento e avaliação, (2) como recursos de aprendizagem organizacional e (3) mobilização de aprimoramento contínuo na gestão.

Considerando a disseminação de informação sobre as possibilidades existentes, a primeira semana de junho foi dedicada a atividades relacionadas ao ‘Monitoramento & Avaliação’ no mundo. Este ano, a Semana de Avaliação, ‘The gLOCAL Evaluation Week’ (*), aconteceu de 3 a 7 de junho com programação em vários estados brasileiros, além de dezenas de outros países. A programação foi promovida pelo CLEAR Initiative (Centers for Learning on Evaluation And Results), que é uma equipe global que atua no apoio ao fortalecimento de sistemas e capacidades de trabalho para o monitoramento e avaliação (M&A) no mundo.

Ajudar a construir capitais em favor de maior uso de instrumentos de monitoramento e avaliação é uma ação positiva para o desenvolvimento dos ambientes organizacionais, sejam eles públicos, privados ou das organizações sociais. Isto porque monitorar ajuda a entender seus sucessos ou não sucessos e apoiar a tomada de decisão na busca por ajustes que favoreçam resultados de avaliações que evidenciem a maior proximidade entre esses resultados e as metas e objetivos planejados. Como processo de aprendizagem organizacional, importa aproximar os colaboradores e engajar os envolvidos na solução dos desafios com atenção objetiva aos pontos necessários.

Se clareza e coerência na realização do proposto atraem os parceiros, clientes e públicos que importam para o negócio ou projeto, a transparência na comunicação sobre os processos de monitoramento e avaliação e as melhorias alcançadas com eles são elementos essenciais. Além de processos de monitoramento ajudarem na construção de uma leitura mais clara e objetividade sobre negócios e projetos, assim como das realizações, daquilo que se esperava e dos porquês em relação a elas.

Ainda como processo de aprendizagem, evidenciam que se pode aprender muito com as experiências e melhorar processos a partir delas. Isto porque adotar processos de monitoramento e avaliação apóia o autoconhecimento em relação ao negócio ou projeto, favorece a tomada de decisão mais rápida – em tempos que demandam respostas assertivas em período mais curto, potencializando uma comunicação mais clara, além de mais consistência junto a diferentes stakeholders.

Para realmente engajar os diferentes stakeholders [internos e externos], é importante que as organizações considerem evidenciar os resultados em relação às suas metas e objetivos. Tornar simples e claros seus resultados, especialmente sobre como se alcançam pessoas e comunidades específicas, possibilitando que os diferentes stakeholders reconheçam e vejam valor.

Construir confiança. Criar laços perenes. Apresentar resultados consistentes a partir do uso de recursos que apoiem ajustes de rotas [através do monitoramento] e favoreçam a comunicação do sucesso alcançado ou da necessidade de melhorias [identificados através de avaliações], em relação aos objetivos e metas planejados.

Banal? Não. Difícil? Também não. Requer dedicação, atenção, continuidade. E os resultados expressarão que vale o investimento na contratação ou capacitação de profissionais para o desenvolvimento de um trabalho para o desenvolvimento do negócio ou projeto por uma lógica de melhoria contínua.

(*) https://www.glocalevalweek.org/

Fonte imagem – https://apaebh.org.br/monitoramento/

Daniele Dantas é produtora cultural com experiências em instituições públicas, privadas e do terceiro setor, atuando com artes visuais, teatro, museus e artes integradas nas áreas de planejamento, gestão e produção; prestação de contas e avaliação de projetos, impactos e resultados. É doutoranda na UFRJ / IBICT (Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia) com pesquisa em ativos intangíveis e valor em cultura, e mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (IBGE / ENCE) com pesquisa sobre construção e uso de indicadores na gestão cultural.

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