A ERA DA COMUNICAÇÃO IMEDIÁTICA - Redes Sociais: uma importante ferramenta de comunicação. Por Juliana Müller.

Parte 1 – marketing pessoal

Sim, meus caros… estamos em uma era midiática. Na internet somos quem queremos ser, quem queremos que as pessoas notem que somos. Mas, até que ponto a gente sabe vender o nosso peixe ou de fato está agradando o seguidor?

Quando pensamos em redes sociais logo já vem na cabeça compartilhar tudo o que vem pela frente p’ra mostrar aos outros muito mais do que aquilo que realmente somos ou fazemos. Ou pior, mostrar a realidade na intenção de sobressair aos demais. Mas, você já parou p’ra pensar que tudo o que é postado pode ser tanto positivo quanto negativo para quem olha?

Não é à toa que muitas empresas de RH estão de olhos nos perfis on-line dos seus possíveis candidatos. E aqui não me refiro somente ao LinkedIn, rede segmentada para negócios e networking, mas a TUDO o que está disponível na internet quando se ‘joga o nome no Google’.

Aliás, vamos começar daí! Você já fez esse exercício de saber o que a web diz sobre você? Se fez (ou vai fazer neste momento), gostou do que viu? Você se contrataria, por exemplo? Independente da resposta, vamos trabalhar algumas dicas p’ra melhorar a sua imagem pessoal nas redes?

Voltando ao LinkedIn, essa é uma condição real: estando no mercado de trabalho, empregado ou não, se conecte lá. O LinkedIn hoje é a rede mais visada por empresas, entidades e pessoas que estão atrás de profissionais de qualidade. Mas, engana-se quem pensa que são as atividades descritas no currículo virtual o grande chamariz para o seu perfil… ajuda, mas não é só isso. Se você tem um conta ativa lá, faça dela ativa de fato. Comente, compartilhe, curta, leia os artigos, siga pessoas da sua área e interaja com elas. Se você consegue postar stories no Instagram 3 vezes por dia, certamente vai ter um tempinho pra compartilhar um conteúdo relevante para seus seguidores profissionais. Ainda sobre essa rede, busque focar na sua área de atuação ou a área que deseja migrar… conteúdos que não têm relação direta com o que você quer profissionalmente (por mais interessante que seja), não fará seu seguidor entender qual é o seu foco e a sua motivação para o trabalho.

Já que falamos em Instagram, seguimos com ele. Uma rede pensada, primeiramente, para ser bastante pessoal, tem se tornado cada vem mais fonte de interesse para conhecer os perfis. Aqui temos uma questão que pode ser considerada, assim como no Facebook, que é a possibilidade de tornar seu perfil privado ou não. Isso depende do seu objetivo. Se a ideia é virar uma celebridade da internet, seja transparente em tudo, mas lembre-se de que tudo o que é postado pode ser viralizado, p’ro bem ou p’ro mal. Cautela, revisão de texto e exposição devem ser rigorosamente analisadas antes de clicar em compartilhar. Me referindo ao perfil privado, o que eu sinceramente aconselho, o seguidor vai apenas entender que você restringe sua rede pessoal para seus mais chegados, afinal a exposição pode ser também perigosa e insegura. Independente da forma que está disponível o seu perfil, uma foto bem tirada faz toda diferença, é um sinal de cuidado com a sua própria rede.

Falemos de Facebook, a rede que tem maior adeptos e hoje já não se configura mais como uma mídia pessoal ou profissional, todo mundo está lá. E já que ela existe, use-a a seu favor. Mantenha privado o que for extremamente pessoal (principalmente quando envolve outras pessoas) e abra para o público aquilo que pode descrever o seu perfil real. Lá é possível entender um pouco da personalidade da pessoa, seus anseios, seus sonhos, suas crenças e sua veia política, Aliás, isso sim é um item bem arriscado lá. Não estou dizendo que deva esconder ou não se posicionar, mas o fato é que todas as pessoas são diferentes e possivelmente algumas (ou muitas) pessoas podem não se sentirem à vontade com suas postagens. Além do clima chato, perde-se muitas amizades ou oportunidades assim. A dica é: contenha-se à medida do possível. Esse papo de que ‘se não gosta me exclua da sua rede’ é um ponto de vista bem egocêntrico, como se sua a sua verdade fosse a correta. O que seria do azul se todos gostassem do amarelo? Diga não às injustiças e não se cale às imoralidades, mas permita-me dizer que há sempre um jeito mais cordial de falar isso sem parecer afrontoso.

Existem outras tantas redes importantes e que nos ajudam a mostrar um pouco mais da gente, mas entenda antes qual o seu objetivo e se realmente você tem perfil para estar nela. Se tiver, mantenha a conta ativa, senão perde o sentido de existir.

P’ra finalizar, independente de onde você estiver conectado, tome cuidado com a sua exposição. Para toda e qualquer mídia as postagens com conotação sensual, extravagâncias, vícios e afins não são bem-vistas. Claro, todo mundo tem direito a sua vida boa com um copo na mão na beira da praia e isso não é nada errado… mas se você quer se mostrar como alguém de conteúdo, focado, profissional, antenado e boa escolha para ser seguido e admirado, pense bem antes de compartilhar.

Aqui, vale o questionamento do início com uma complementação: você já se pesquisou no Google? Já alcançou o emprego que queria ou seu negócio prosperou? Está indo bem no mercado de trabalho? Se sim, excelente, está no caminho certo. Caso contrário, talvez seja o momento de repensar. Não tem como ter credibilidade em uma pessoa que envia o currículo pelo lelesapekinha2001@hotmail.com.

Próxima semana continuamos… com o foco das redes como ferramenta de comunicação institucional. Se ter um perfil pessoal já não é fácil administrar… uma página de empresa requer bem mais cuidado.

Juliana Müller é relações-públicas, presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, coordenadora de Comunicação e Eventos da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul, e uma defensora dos eventos corporativos como ferramenta de comunicação estratégica.