Desde o início dos tempos, os humanos escrevem, pintam, desenham e criam. Isso é muito importante para o nosso cérebro e, também, para expressar nossos pensamentos, nossos sentimentos, e o que há ao nosso redor. E o mais interessante é que cada um faz isso de sua maneira única, e o ato de escrever, desenhar ou praticar algum tipo de expressão pelas artes (cantar, tocar algum instrumento, entre outras) não depende necessariamente de se ter algum talento ou habilidade, pois o que importa é que você está colocando algo que é só seu para fora de si.
Na era digital, onde tudo está ficando “prático demais”, fazer esse tipo de coisa chega, às vezes, a parecer besteira. As pessoas estão muito ocupadas e, por isso, acabam abrindo mão desse lado criativo – que é humano e precisa ser exercitado. Eu, pessoalmente, escrevo e desenho para cultivar esse lado meu mesmo em meio aos compromissos, trabalhos e deveres com prazos que muitas vezes inundam as nossas rotinas.
Com o uso da tecnologia e das IAs, a capacidade de imaginar e criar pode ir se esvaindo, pois há meios que parecem poder ser tão imaginativos e capazes quanto nós. Mas, na realidade, isso não é verdade. A mente humana é incomparável, e IAs têm suas “criatividades” derivadas de seus criadores. Além disso, elas não têm motivação ou iniciativa para criar, e “algo criado por uma IA pode ser belíssimo, mas a própria IA não entende porque fez aquilo”, como escreveu Marcelo Pontieri em “IA criativa: uma aliança entre humano e máquina na criação da arte”.
Com isso, te convido agora a parar um pouco o que está fazendo e pegar uma folha de papel e desenhar, colocar uma música para ouvir e cantar, ou pegar aquele teclado abandonado no canto da sala e tocar.
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Vitoria Alvim é carioca, gosta de artes, de desenhar, escrever e ler livros e mangás. Participa de competições e concursos de diversas matérias. Cursa o oitavo ano do Ensino Fundamental II na Escola Canadense.