Deu ontem n’O Globo (P. 3 do Segundo Caderno):
Após gafe na entrega do prêmio de melhor filme, auditores não trabalharão mais na cerimônia, dia Academia…
COMENTÁRIO
Como este OCI já havia postado, pode ter grandes proporções a crise de imagem pública da PwC (Price Waterhouse Coopers). Afinal, a cerimônia do Oscar é assistida (ao vivo e em reprise) por bilhões de pessoas.
Os auditores Martha Ruiz e Brian Cullinam (este, sócio da firma) já estão fora do Oscar… mas será que é só isso? Diferentemente do que circulou de imediato na internet, logo após o episódio, não foi um ‘pica-pau’ (denominação que se dá, no ramo de auditoria, aos principiantes – justamente por que ‘batem-e-batem-a-cabeça na mesa de trabalho e, quando saem, só deixam furos’) que cometeu o erro, mas um executivo no mais alto grau da hierarquia da empresa.
Ano que vem, com PwC ou não, haverá, certamente – e ostensivamente anunciados – procedimentos de destruição (bem visível) dos envelopes-duplicata (já que são feitos dois de cada premiação – um para cada coxia do palco (afinal, nunca se sabe se uma mudança repentina vai alterar o lado de entrada de apresentadores e apresentados), além da possível proibição expressa de o auditor – mesmo deslumbrado, compreende-se – ficar manuseando seu celular com mais afinco e destreza do que os envelopes sob sua guarda. Para uma empresa de auditoria, afinal, atenção com detalhes, zelo máximo e zero erro são itens mandatórios. Que as gafes fiquem só com os artistas.