Oscar 2017 - Reputação em xeque.

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Deu ontem n’O Globo (P. 3 do Segundo Caderno):

Após gafe na entrega do prêmio de melhor filme, auditores não trabalharão mais na cerimônia, dia Academia…

LINK – http://g1.globo.com/pop-arte/oscar/2017/noticia/erro-do-oscar-pode-colocar-reputacao-de-empresa-de-auditoria-em-risco.ghtml

COMENTÁRIO

Como este OCI já havia postado, pode ter grandes proporções a crise de imagem pública da PwC (Price Waterhouse Coopers). Afinal, a cerimônia do Oscar é assistida (ao vivo e em reprise) por bilhões de pessoas.

Os auditores Martha Ruiz e Brian Cullinam (este, sócio da firma) já estão fora do Oscar… mas será que é só isso? Diferentemente do que circulou de imediato na internet, logo após o episódio, não foi um ‘pica-pau’ (denominação que se dá, no ramo de auditoria, aos principiantes – justamente por que ‘batem-e-batem-a-cabeça na mesa de trabalho e, quando saem, só deixam furos’) que cometeu o erro, mas um executivo no mais alto grau da hierarquia da empresa.

Ano que vem, com PwC ou não, haverá, certamente – e ostensivamente anunciados – procedimentos de destruição (bem visível) dos envelopes-duplicata (já que são feitos dois de cada premiação – um para cada coxia do palco (afinal, nunca se sabe se uma mudança repentina vai alterar o lado de entrada de apresentadores e apresentados), além da possível proibição expressa de o auditor – mesmo deslumbrado, compreende-se – ficar manuseando seu celular com mais afinco e destreza do que os envelopes sob sua guarda. Para uma empresa de auditoria, afinal, atenção com detalhes, zelo máximo e zero erro são itens mandatórios. Que as gafes fiquem só com os artistas.

Sobre Marcondes Neto

Bacharel em Relações Públicas pelo IPCS/UERJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, sob a orientação de Margarida Kunsch. Professor e pesquisador da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. Editor do website rrpp.com.br. Secretário-geral do Conrerp / 1a. Região (2010-2012).