Deu no Valor Econômico (14/04/2012), na matéria de Adriana Fonseca:
Capacidade de negociar e de ter compaixão sobrepõe a Inteligência Artificial.
COMENTÁRIO
Frenesi digital.
Comungo da visão exposta na matéria, e, aqui, no Observatório da Comunicação Institucional, vários colaboradores também.
Preocupa-me a franca entrega de jovens profissionais a tudo o que se apresenta sob o manto de “inovação tecnológica”.
Muitas vezes são balões de ensaio à cata, justamente, da adesão fácil promovida por falsas premissas, tais como facilidade, gratuidade e rapidez.
O fator humano – processado em horas, dias e anos – não pode ser negligenciado. E não pode simplesmente ser substituído por nanochips, nanosegundos, nanoestruturas. Essa é uma questão mais que ética… é moral.
Na presente crise pandêmica ensaiam-se modos de vida estranhos à humanidade essencial. É uma doença oportunista explorando nossas fragilidades aumentadas.
O jornalismo juvenil repercute “gurus”. A propaganda, por sua vez – e sempre ágil – larga na frente e constrói narrativas audiovisuais dignas do cinema de ficção científica.
As marcas vão atrás do trio elétrico de um tal “marketing digital” que nem como disciplina consolidou conhecimentos.
Resultado: fake news, “impulsionamento” de conteúdos duvidosos, endeusamento de nulidades, cancelamentos e uso indevido de dados – meus, seus, nossos.
Por isso tudo, em meu próximo livro, faço no capítulo inicial uma provocação-profissão de fé:
Por uma revolução analógica!