Marca, imagem e influenciadores digitais: como associar. Por Paula Alves.

Atualmente as empresas contam com novas ferramentas e métodos de influência para participar de um mercado rico em ofertas e disputando demandas, mantendo-se engajadas, lembradas e acessadas para atingir os objetivos de relações comerciais de compra e venda – através da influência e dos influenciadores digitais -, o que coloca-nos diante de algumas questões estratégicas, tais como as três de que tratarei aqui:

1 – O que é preciso para construir uma boa estratégia com influenciadores?
2 – Quais oportunidades devem ser aproveitadas?
3 – Quais cuidados é preciso ter?

Associar marca e imagem corporativa a influenciadores digitais, eu diria, é um risco alto que precisa ser muito bem calculado, pesquisado, conversado e negociado; inclusive contar com uma possibilidade de ter que responder prontamente a possíveis infortúnios associados a eventos da vida do influenciador que venham implicar em risco de impactar a imagem corporativa negativamente. Pensando assim, contribuo com o pensar sobre estratégias, oportunidades e cuidados que precisamos ter para o sucesso de uma parceria de imagens integradas em tempos do uso de influenciadores digitais como ferramental estratégico de propaganda, informação, conquista de mercados, engajamento e fidelização, venda de produtos e serviços, empoderamento de imagem e marca, entre outros.

Para construir uma boa estratégia com influenciadores é recomendável:

⦁ Ter uma gestão de marca e imagem bem definida, transparente e pragmática, além de um gerenciamento estratégico de métricas, impactos e ajustes;
⦁ Coesão, coerência e congruência, no mínimo, entre os objetivos de comunicação, informação e influência;
⦁ Investigar os valores, crenças, estilo de vida, públicos do influenciador e o impacto que uma associação de imagem a curto, médio e longo prazo poderá trazer;
⦁ Ter todos os cuidados legais éticos, estéticos e de estilo de linguagem, apresentação, associação, objetivo, possibilidades de percepção e suas consequências – e também os contratuais;
⦁ Ter transparência, objetividade, veracidade e credibilidade nas informação.

As oportunidades de mercado impulsionam o valor de marca: inovação, evidência, engajamento, fidelização espontânea, novos lançamentos, patrocínios, eventos, expansão, memória afetiva…

Todos os cuidados de legalidade, legitimidade e autoridade de associação devem ser considerados, como também cuidados com contextos e circunstâncias polêmicas em voga; cuidados com a linguagem, com a dignidade da vida, impactos e riscos de segurança ao público espectador. Ter estratégias de medição, objetivos claros, expectativa de resultados, estar apto a responder infortúnios imediatos, isso tudo reduz o risco de crises de imagem.

Deixo esta minha colaboração para que sirva de reflexão e enriquecimento do poder da comunicação em serviço do bem estar social e humano.

Paula Alves é analista, especialista e estrategista em Comunicação Institucional Organizacional Integrada como relações-públicas. Desenvolve funções como endomarketing, employer brandingcompliance e governança.