Ao invés de pensarmos em colaboradores, devemos formar facilitadores. Por Cristiana Aguiar.

Facilitador e colaborador não são sinônimos, a diferença pode até ser sutil, mas ela existe.

Colaborar é ajudar, participar, ser parceiro, enquanto facilitar significa atenuar, simplificar, ser favorável, suavizar uma situação.

O que temos nas empresas são colaboradores ou facilitadores?

Sobre qual expectativa estamos falando? Qual a expectativa é uma grande questão.

Queremos que as pessoas façam as coisas ou que as tornem mais fáceis, simplifiquem-nas e as tornem acessíveis?

Uma empresa, assim como um organismo vivo, precisa estar interligada, simplificar esse processo significa mais saúde.

Além disso, a quantidade e a complexidade das atividades diárias revelam que não é possível realizá-las, ao menos que seja de forma coletiva. Logo, ser um atenuador significa beneficiar todos os processos.

Uma empresa não quer apenas colaboradores, ela precisa, busca e almeja por facilitadores.

Como, então, transformar colaboradores em facilitadores?

Assim como conseguimos vender com mais facilidade aquilo que de certa forma já compramos, pessoas tornam-se proporcionalmente mais “facilitadoras” quando recebem mais facilidades.

  • Facilidades na comunicação;
  • Facilidades na trajetória;
  • Facilidades na compreensão;
  • Facilidades na empatia;
  • Facilidades na interpretação;
  • Facilidades na apresentação;
  • Facilidades na segurança e confiança;
  • Facilidades na remuneração;
  • Facilidades na compreensão e reconhecimento;
  • Facilidades no respeito, desenvolvimento e crescimento.

A construção de ambientes produtivos coletivamente se dá de forma fundamental, através do alinhamento das expectativas e da valorização das pessoas.

Os desafios podem ser grandes, mas as oportunidades são ainda maiores!

Vale lembrar que de acordo com a eficiência da via negativa, mapear fragilidades e aprender a removê-las é um caminho imprescindível para todas as empresas que desejam eliminar esforços desnecessários e prezam por ambientes fluidos e consequentemente mais felizes.

Como disse certa vez Simon Sinek, “empresas precisam ter empatia e perspectivas”.

Cristiana Aguiar é economista, especialista em gestão empresarial e gestão de pessoas. Membra do Conselho Empresarial de Governança, Compliance e Diversidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro, sócia-fundadora e CEO da Jeito Certo Consultoria, e membra do Compliance Women Committee. Tem diversos artigos publicados no Jornal do Brasil, ACRJ e Ecommerce Brasil. É apaixonada por gente e gestão de empresas, e vê como sua principal missão profissional ajudar pessoas a agregarem valor ao trabalho.