Tudo como dantes no quartel de Abrantes e Bolsonaros.

Enganou-se quem pensou em mudança a partir do pleito presidencial de 2018.

E não deveria surpreender a ninguém o estado atual de coisas na política ‘profissional’ brasileira.

A ‘reforma’ no período Temer foi pífia. Os atores – 35 partidos e seus proceres – são os mesmos de sempre. O que esperar daí? O que dizem é mal dito e mal entendido. Vide achados de nossas pesquisa: 2014, 2016, 2018.

Diz a máxima – atribuída desde Einstein a Eisenstein – que ‘insanidade é fazer tudo igual e esperar resultado diferente’.

Norbert Wiener, gênio da raça (humana, a única) que deveria – em nossa opinião – ser mais ‘celebrizado’ do que é, brindou-nos com a disciplina Cibernética, que ensina que output tem tudo a ver com input. E, digo eu, até mais do que com o processo (throughput).

Se nosso meio político profissional é um pântano poluído e degradado, como esperar dali algo saudável?

Este OCI começa aqui a sua quarta análise do discurso institucional dos partidos políticos brasileiros, um trabalho que vem sendo feito a cada ano eleitoral desde 2014 (vide links acima). Desta vez vamos nos debruçar no pleito que se avizinha – o municipal de 2020.

Inaugura este período de análise – pelos próximos 11 meses – a criação (virtual), ontem, de uma nova sigla, ‘Aliança pelo Brasil’, proposta por ninguém menos que um presidente da República eleito há apenas um ano pelo PSL – uma entre tantas – chamadas – ‘siglas de aluguel’.

Nunca antes, neste país, algo assim aconteceu. É inédito. Um governo quase sem base partidária que movimenta-se para uma base partidária zero. E que escolheu – a dedo – o número da nova sigla: 38.

Sem mais comentários. Por ora.

Ao trabalho! Haverá muito a fazer! E muito a compreender!