E viralizou... Por Manassés Sato.

”Para uma tecnologia de sucesso, a realidade deve ter prioridade sobre as relações públicas, pois a Natureza não pode ser enganada”. Richard Feynman.

Quem nunca ouviu falar sobre o tipo de vírus ‘Cavalo de Tróia’?

Famoso por infectar sistemas da computação de modo geral, é conhecido por responder pelo ‘primeiro estágio de infecção’ de dispositivos digitais, inclusive smartphones. E tem – como ‘método’ – manter-se oculto enquanto baixa e instala ameaças mais robustas em notebooks e computadores – até os de grande porte. Entra – via rede – e mantém-se invisível, aproveitando as vulnerabilidades dos navegadores então utilizados para ‘transmitir uma praga’ para executar delitos e roubar arquivos enquanto a vítima realiza suas atividades cotidianas… sem nada perceber.

Chamo a sua atenção por conta da mudança repentina no cotidiano das pessoas no mundo todo em função do coronavírus. O que isso pode gerar nas relações? Como as relações públicas e institucionais são e serão afetadas.

Pode-se observar, em primeiro lugar, a mudança do nosso comportamento em relação à rotina, a qual – forçadamente – nos mostra a (in)significância dos nossos hábitos relacionados à nossa real dependência dos media, nos influenciando física, mental e até mesmo espiritualmente. Somos seres que nos adaptamos às intempéries da natureza e que, também, temos o poder de nos reprogramar… Mas, diferente dos dispositivos digitais, não somos máquinas ‘exatas’.

Então, pensemos: o que nos distancia? Um vírus? O que invade as nossas máquinas e o nosso corpo?

Invisíveis… não atentamos que podemos ser, nós mesmos, os próprios vírus… pois enquanto perto estamos distantes. E… agora, uma vez distanciados, não queremos estar perto?

Devido ao ‘afastamento social’ não nos desligamos – porque os meios de comunicação interpessoal estão presentes; os celulares, computadores e notebooks ligados à rede… e as ‘mídias digitais’ a que estamos conectados, as quais são, quase que obrigatoriamente necessárias para a manutenção (até do trabalho) neste período.

Na era digital em que vivemos, toda aproximação profissional tende a se prolongar ‘institucionalmente’, influenciando cada vez mais as pessoas a estarem aptas na utilização de equipamentos e aplicativos que visam incrementar seus negócios e aproximar públicos-alvo dos negócios a fim de movimentar a economia, investindo em novas tecnologias deste momento ‘4.0’.

E acrescento mais um viés à questão… Há dois grupos de pessoas nesta crise; um tem ‘meios’, mídia… e transmite. Outro, só recebe…

Isto faz lembrar o tempo dos MCM monologais… O meio acadêmico precisa discutir isto.

Manassés Sato é relações-públicas com experiência em relações institucionais nos setores público, privado e, também, no terceiro setor. Acumula, ainda, experiência de consultoria nas áreas administrativa e comercial para médias e grandes empresas, entidades de classe e sindicatos patronais, sob os aspectos físicos, jurídico, econômico e ambiental.