Atualmente, buscamos ferozmente a felicidade, o sucesso e brilhantismo profissional, o amor duradouro e a tão sonhada paz interior.
Recorremos ao psicólogo, ao astrólogo, hepnólogo, a todos os profissionais que nos tragam o que ansiamos tão desesperadamente.
Corremos desenfreados, angustiosos, por querermos rapidamente o que tanto cobiçamos.
Nessa busca exaustiva, fazemos coaching, regressão, terapia, psicoterapia e o vazio imenso continua. Muitas vezes, alcançamos o baú de ouro no final do arco-íris, mas a lacuna continua. Temos a família perfeita, o emprego tão cobiçado, viagens que ostentamos nas redes sociais, mas nada parece ser real.
Então, começamos a perder nossas conquistas, e questionamos o mundo externo, culpando a tudo e a todos. E, inúmeras vezes, recomeçamos da estaca zero. Auto sabotagem? Princípio do não merecimento ? Não aceitação ?
Culpar o outro não resolve as questões que nos afligem, da mesma forma que nos culparmos também não adianta. Grande parte de nós busca “milagres” nas mais diversas religiões e muitas vezes sem êxito. Porque o que buscamos não é preenchido com o que está fora.
Ultrapassar a barreira do ego requer desprendimento.
A vida vai repetir ciclos até que aprendamos, até que saibamos reconhecer que a jornada inicia dentro de nós, sem complexos de culpa, ou de vítimas, ou algozes. A cura de nossas dores e males nasce quando ouvimos o que a alma emite. O coração pulsa a vida, dele nascem todas coisas, desde as enfermidades da alma, que se materializam nos órgãos, até a cura para esses mesmos males.
Mas, enquanto irracionais e imaturos, buscarmos fora o que somente dentro de nós encontramos, vamos continuar, semeando e colhendo frutos indesejáveis e indigestos em nossa vida. Se não gostamos do que estamos colhendo, porque insistimos em plantar as mesmas sementes?
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Angela Piotto é graduada em Direito, pós-graduanda em Direito do Trabalho, Direito de Família e Psicologia Jurídica. Atua como Terapeuta Integrativa.