Que chegue para somar. Por Neusa Medeiros.

A gente pode se enganar com as pessoas. Não é confortável e nem tão pouco leve, mas acontece. Nada pode ser mais decepcionante que ludibriarmos a nós mesmos. Por isso, quem chega deve ser para somar e não subtrair. O certo é que, se observarmos bem de perto, isso fala mais a respeito do outro que sobre nós.

Cada encontro, seja na relação profissional ou na vida afetiva, nos mobiliza, nos desestabiliza, mas também ensina. Encontramos pessoas pelo caminho que são como flores, que encantam e perfumam a nossa vida, sem exigir nada em troca. Mas, existem as que são como espinhos, que ferem sem dó nem piedade. Quem já não conviveu com alguém difícil? Não temos gerência sobre isso mas, sim, o dever de aprender a nos proteger. A vida é curta demais para cultivar dores ou desamores.

Lembre-se de exercitar o perdão e nunca se ausente de você, dos seus valores. Imagine chegar ao fim do caminho e perceber que não viveu, apenas suportou! Frustrante deve ser passar pelos dias sem significado. Não seja pela metade. Estique a corda, mas cuide para que ela não arrebente. Entregue sempre o seu melhor. Decida viver de A até Z, tendo a felicidade como pano de fundo. Encontre sabor nos seus dias.

Na realidade, faltarão braços para acolher todas as lutas e fôlego para desempenhar, com desenvoltura, os possíveis embates. Neste caso, escolha as batalhas que deseja priorizar e se dedique com o intuito de vencer. A opção passa a ser uma estratégia árdua. Procure ser assertivo.

Não se perca pelo caminho, atraído pelas falsas promessas ou doces suposições. Vislumbre quem chega, desejando que seja por inteiro. E, ao se encantar pelo desconhecido, saiba decifrar os sinais e encontrar, nas sutilezas, motivos para seguir se desafiando e aprendendo.

Como diz o poeta Allan Dias Castro, “que venham as boas surpresas, porque estar vivo é ser surpreendido”, nunca esquecendo de “deixar o tempo decidir o que vai passar”. Enfim, solte as amarras, fique despido de falsas crenças e lembre-se de monitorar as batidas do coração. Quando ele acelerar é sinal de que você, finalmente, encontrou um significado.

Neusa Medeiros é jornalista, com pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. Sócia-diretora da empresa Edição 3 – Comunicação Empresarial, com diversificada atuação na área. Atuou, por vários anos, como assessora de imprensa e professora universitária na Unisinos, e como colunista no Jornal VS, do Grupo Editorial Sinos, onde segue como colaboradora.