Mariana, Brumadinho, qual será a próxima? À medida em que a lama se acumula, o (ou a) relações-públicas deve ficar atento: há, hoje, uma preocupação no sentido de se dar dimensão social às organizações, nas quais, além de unidades econômicas, se passa a ver também unidades sociais.
A postura de um(a) relações-públicas deve ser sempre a de prevenção de crises. Quanto melhor o planejamento estratégico, maior as chances de se evitar uma crise. Mas… não há como garantir completamente os imprevistos, e o profissional precisa estar preparado para lidar com as adversidades quando elas acontecem.
Aqui entra o trabalho do(a) relações-públicas, de alertar a direção da empresa para com sua responsabilidade social. Não se pode limitar o trabalho de RP apenas a contar e divulgar os feitos e conquistas. É preciso ter empatia também nos momentos difíceis, praticar os valores da responsabilidade social da organização para com a sociedade.
Com relação à comunidade circunvizinha e adjacente, se a empresa está fazendo qualquer coisa que possa prejudicar o corpo social, é necessário, antes de mais nada, que ela providencie medidas técnicas para sanar os problemas e, depois, se dada a crise, esclarecer e informar a verdade sobre o que está acontecendo para que, assim, a imagem da empresa não caia na lama. Por esse motivo, as relações com a comunidade devem ser sempre levadas em alta consideração em um departamento de Relações Públicas.
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Ana Moura é brasileira, relações-públicas e estudante de Relações Internacionais. Gosta de falar sobre tudo. Atua como pesquisadora de Comunicação e Trabalho e de Cultura Organizacional.