Como uma legião de ingênuos, pedimos tanto que 2018 chegasse ao fim como se acreditássemos no simbolismo de uma passagem de calendário.
O ano começou nervoso em todo o mundo, mas no Brasil ele parece ter começado bem revoltado.
Um período que nos apresenta as mortes de Brumadinho, as mortes do centro de treinamento do Flamengo, um menino que escapa da mãe no metrô e perde a vida. É muito impacto público e muita comoção. A ‘sucessão de tragédias’, palavras usadas por Ricardo Boechat na manhã do dia 11 de fevereiro, na Rádio BandNews FM, foram premonitórias à presente saudade, sobretudo, no jornalismo brasileiro.
A morte trágica de Boechat foi, sem dúvida, mais um golpe pesado na boca do estômago, justamente no momento em que sua voz soava como um convite à coragem de todos os comunicadores.
Vamos ter que encontrar caminhos para construir a nossa resiliência nestes tempos em que o universo nos testa a cada minuto, mente aberta para uma nova visão.
Dedico esse texto inteiro aos meus sentimentos pelos amigos e familiares presentes nessas tragédias. Muita força, Brasil!
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Ana Moura é brasileira, relações-públicas e estudante de Relações Internacionais. Gosta de falar sobre tudo. Atua como pesquisadora de Comunicação e Trabalho e de Cultura Organizacional.